Resenhas críticas de alguns contos selecionados das Antologias: Sem mais, o Amor e Miríade, da Andross Editora
Observação: os comentários tecidos aqui não intuíram desmerecer ou inferiorizar nenhum autor, pelo contrário, é uma forma de valorizar a arte da escrita e visibilizar a técnica de escrever. Para não ser injusto, a ordem de escolha não foi enumerada.
Anne Alyne Mendes – O fim não significa nada (Sem mais, o amor)
A autora conseguiu tecer uma trama que prende o leitor até o final, causa profundas emoções. É um texto bem leve, gostoso de ler. Ela descreve sensações, cenários. O mais interessante no texto dela, é que o leitor jura que a carta diz respeito a um término de namoro, quando, na verdade, era apenas uma simulação de término de relacionamento.
Lacy Pires de Andrade – Carta para a senhora Glaucia (Sem mais, o amor)
Esse conto chama a atenção pela tensão que a mesma causa no leitor. A personagem espera ansiosamente pelo marido, que vive viajando e aparentemente inventando histórias para atrasar seu regresso, mas no final ele volta para a esposa e ainda dá um susto nela e no leitor. Bem criativo!
Lobo Alves – Mazzafiori (Sem mais, o amor)
O conto é muito bem escrito, o autor não poupou nas descrições de cenários e personagens. O clima de mistério instiga o leitor a descobrir a grande trama por trás do acidente do protagonista. O desfecho é surpreendente.
Josiane Carvalho – Espada Jedi X Caderno amarelo (Miríade)
Esse conto é muito bem escrito e revela uma sutileza e reflexão profunda. Aguça memórias afetivas da infância e nos faz refletir sobre o que realmente é necessário para nos fazer feliz. A autora está de parabéns.
Guilherme Isler da Costa – Dona Maria (Miríade)
Texto altamente universal, atemporal e reflexivo. O autor descreve de forma sutil e objetiva uma personagem que resume o sofrimento de tantas “Marias” Brasil afora. Dá um tapa na cara do leitor expondo as injustiças sociais e os anseios dessas mulheres aguerridas.
Trycia Mello – Tequileira (Miríade)
O conto foi muito bem escrito. De cara tem uma linda dedicatória. A impressão que essa leitura perpassa é de extrema liberdade. A autora foi cuidadosa com as descrições de paisagens e nos embriaga com sua emocionante e libertária viagem.