RESENHA
Confesso, desde logo, a minha dificuldade em escrever resenha de livro. Se não tiver gostado, não a faço; se tiver gostado da leitura ouso tentar. É o que vou fazer em relação ao livro “Abelhas Sem Teto e outras Crônicas”, de autoria da arquiteta e escritora paulista Vany Grizante, que me foi presenteado com uma gentil dedicatória. Já disse que no dia em que o recebi, às 17 horas, comecei a lê-lo após o jantar e só parei quando a concluí, por volta das 23.
Vani tem um estilo característico, um jeito gostoso de escrever. Suas crônicas são sempre breves e os temas sempre interessantes e curiosos, desde a primeira crônica “Prestar serviços não presta”. E prossegue, ora jocosas, ora satíricas, sempre com um cativante tom de humor, em “Sete pecados na capital”, “Essa vida é de matar”, até à última, que dá título ao livro, “Abelhas sem teto”, enfim todas têm um estilo sui generis, que eu não havia ainda encontrado em nenhum livro de crônicas.
É como disse, muito apropriadamente, no Prefácio, Maria Iaci: “Seus textos reúnem, com cuidadosa delicadeza, elegância, ponderação, leveza e frequentemente um finíssimo senso de humor”.
Eu acho que não precisa acrescentar mais nada, e nem eu saberia fazê-lo. Gostei muito, demais, da leitura suave desta pérola da literatura. Vany: dei um passeio pelos seus textos no Recanto, como se o tivesse feito em um bosque com aroma de flores emanado das poesias, das crônicas, contos e outros gêneros literários. Obrigado, Vany, por este delicioso presente.