Labirinto Emocional - Livro de Evan do Carmo

Acompanhando sua marca registrada, Evan do Carmo cria mais uma narrativa de requintado estilo, escapando dos jargões e das fórmulas que representam tanto risco. A personagem que leva o nome de Paulo tem um papel, diria eu, importantíssimo, porque é através dela que o autor dá voz ao amor. Nisso não há rodeios, nem falsa verdade. De fato, Evan do Carmo, da dedicatória ao desfecho, sugere o amor como um porto a ser alcançado.

A narrativa tempera-se com este condimento: o amor, que, passo a passo, vai ganhando um sabor a mais diante da dor, da ausência e da solidão, provando, com isso, que o amor não é nem aparência nem ficção, mas sentimento real.

“Labirinto Emocional” é ficcionalização do cotidiano. Uma vida sem propósito, e sem esperança de ser feliz, não escapa à acuidade do narrador-personagem, Paulo, que, embora imerso em uma crise de amor onde ele (Paulo) não tem as coisas claras na sua mente, não se coloca como “vítima”. Ao contrário, faz da situação um degrau para chegar ao porto.

A narrativa prende o leitor por si só. As personagens ultrapassam o labirinto emocional, quase sempre contraditório. Elas são de fato os amores, o amor – talvez o único sentimento capaz de pôr fim a este estado de desconforto: labirinto emocional.

Vale pegar carona numa frase feita: “Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, fatos ou pessoas, terá sido mera coincidência. As situações e os personagens contidos nesta obra limitam-se apenas ao universo ficcional.” Como na novela, o romance é aberto com esta frase que já diz tudo. Quase mesmo, porque a narrativa do romance é que se encarrega, com estilo e sedução, prender as retinas do leitor atento. Paulo, juntamente com as demais personagens do romance, dão vida ao relato apaixonado, em que o envolvimento emocional toma toda a plenitude do que vive, porque sobre as agruras da dor e da solidão e da convivência com a família “postiça” esbarram em tabus, preconceitos, negócios...

Paulo, este nome latino, recobre com humildade, disposição e otimismo contagiante o corpo narrativo de “Labirinto Emocional”, não deixando escapar de seu olhar, atento, nem ao das demais personagens, que a primeira coisa que se faz quando se encontra num labirinto emocional é sempre ouvir a si mesmo e cuidar de você em todos os níveis.

Rosemary Chaia
Enviado por Rosemary Chaia em 24/12/2012
Código do texto: T4051526
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.