Crônica do Amor Virtual
E outros encontros –
J. Estanislau Filho
Leitora dos textos publicados pelo autor no RL já há algum tempo, acabei conhecendo-o pessoalmente quando ele passou por Lavras, acompanhado de um amigo. Fui encontrá-los lá na minha Fábrica de Pães e depois dos preâmbulos, já mais a vontade, eu os levei para a Livraria da Beth, minha amiga. (Sabor e Arte), O dia não estava feio, estava horroroso, mas o ambiente na livraria/cafeteria de minha amiga transformou tudo. Duas musicistas fizeram a música de fundo para o encontro agradável que tivemos. Uma delas foi a Azená, minha antiga professora de piano e através da qual pude comprovar uma teoria que tenho: ninguém ensina ninguém, a gente aprende quando quer ou pode. Sendo ela uma excelente professora de piano eu não consegui aprender a tocar. O outro que me ajudou a comprovar essa teoria foi o Sérgio, que nada tem a ver com esse texto, mas não conseguiu me ensinar a nadar, o por isso caiu aqui de para quedas.
Este ano o Stan (é assim que os amigos o chamam, pelo menos os virtuais) lançou um novo livro, que hoje acabei de ler – Crônica do Amor Virtual e outros encontros.
Para começar, é um livro bonito, gostoso de manusear, bem editado. A Editora é a Protexto, de Curitiba.Não consegui localizar o autor da capa,que também achei muito bonita.
São trinta e quatro textos aos quais temos acesso pulando as janelas abertas do coração do autor para participar com ele de seus encontros. E assim, de encontro em encanto vamos conhecendo Julieta, Clevane. Lúcia, Suzana,Priscila,Rui,João,Geraldo,Adão e Marlene,Donato,Joaquim da Ventania e Diocleciano. Certamente teríamos conhecido outros amores virtuais se Stan não tivesse um súbito ataque de Amnésia e se esquecesse deles.
Como bem lembrou o prefaciador, Carlos Lúcio Gontijo, não é fácil misturar poesia, ficção e realidade, mas Stan consegue. Seus textos líricos ora são contos, ora crônicas, ora prosas poética. Os protagonistas das histórias são reais(?) embora enfeitados pela fantasia do escritor, porque a fantasia é que move o mundo de quem trabalha com as letras. Stan escreve sobre flores, pessoas, lugares, sentimentos. Vejam alguns títulos para ficarem com água na boca. Pelo menos hoje, porque amanhã poderão saciar a sede pedindo a ele que lhes mande um exemplar autografado. Os dentes brancos de Priscila (com uma conclusão inusitada), O céu de Dumaville, onde ele faz comparações entre céus, como o de Ponta da Fruta. Eu não sei onde ficam esses lugares, se no mundo real ou dos sonhos, mas senti uma enorme vontade de me transformar em uma borboleta e ir até eles, Dumaville e Ponta da Fruta, para gozar do magnífico espetáculo que apresentam. Fiquei meio cismada com o céu destes dois lugares porque os achei muito parecidos com o céu do lugarejo distante onde nasci, Arantina, a cidade de onde ninguém nunca conseguiu tirar minhas raízes.
Ao ler o último texto uma coisa incrível aconteceu – senti uma vontade enorme de sair do meu quarto e pegar um livro de Cortázar na Biblioteca. Maior do que a vontade foi o medo que senti de encontrar pelo caminho mancuspias enormes com suas caudas coloridas. Fiquei tolhida e trêmula de medo e o medo só passou quando elas, as manscupias começaram a cantar.E era uma música tão linda que eu podia até morrer que nem iria perceber.
Nota da resenhadora: Todos os textos do livro são muito bons de ler,mas o último, Mancuspias, é uma obra prima que só poderia ter sido escrita e acontecido no Ponto Cósmico onde o autor reside.
(Em Maio – 1)
E outros encontros –
J. Estanislau Filho
Leitora dos textos publicados pelo autor no RL já há algum tempo, acabei conhecendo-o pessoalmente quando ele passou por Lavras, acompanhado de um amigo. Fui encontrá-los lá na minha Fábrica de Pães e depois dos preâmbulos, já mais a vontade, eu os levei para a Livraria da Beth, minha amiga. (Sabor e Arte), O dia não estava feio, estava horroroso, mas o ambiente na livraria/cafeteria de minha amiga transformou tudo. Duas musicistas fizeram a música de fundo para o encontro agradável que tivemos. Uma delas foi a Azená, minha antiga professora de piano e através da qual pude comprovar uma teoria que tenho: ninguém ensina ninguém, a gente aprende quando quer ou pode. Sendo ela uma excelente professora de piano eu não consegui aprender a tocar. O outro que me ajudou a comprovar essa teoria foi o Sérgio, que nada tem a ver com esse texto, mas não conseguiu me ensinar a nadar, o por isso caiu aqui de para quedas.
Este ano o Stan (é assim que os amigos o chamam, pelo menos os virtuais) lançou um novo livro, que hoje acabei de ler – Crônica do Amor Virtual e outros encontros.
Para começar, é um livro bonito, gostoso de manusear, bem editado. A Editora é a Protexto, de Curitiba.Não consegui localizar o autor da capa,que também achei muito bonita.
São trinta e quatro textos aos quais temos acesso pulando as janelas abertas do coração do autor para participar com ele de seus encontros. E assim, de encontro em encanto vamos conhecendo Julieta, Clevane. Lúcia, Suzana,Priscila,Rui,João,Geraldo,Adão e Marlene,Donato,Joaquim da Ventania e Diocleciano. Certamente teríamos conhecido outros amores virtuais se Stan não tivesse um súbito ataque de Amnésia e se esquecesse deles.
Como bem lembrou o prefaciador, Carlos Lúcio Gontijo, não é fácil misturar poesia, ficção e realidade, mas Stan consegue. Seus textos líricos ora são contos, ora crônicas, ora prosas poética. Os protagonistas das histórias são reais(?) embora enfeitados pela fantasia do escritor, porque a fantasia é que move o mundo de quem trabalha com as letras. Stan escreve sobre flores, pessoas, lugares, sentimentos. Vejam alguns títulos para ficarem com água na boca. Pelo menos hoje, porque amanhã poderão saciar a sede pedindo a ele que lhes mande um exemplar autografado. Os dentes brancos de Priscila (com uma conclusão inusitada), O céu de Dumaville, onde ele faz comparações entre céus, como o de Ponta da Fruta. Eu não sei onde ficam esses lugares, se no mundo real ou dos sonhos, mas senti uma enorme vontade de me transformar em uma borboleta e ir até eles, Dumaville e Ponta da Fruta, para gozar do magnífico espetáculo que apresentam. Fiquei meio cismada com o céu destes dois lugares porque os achei muito parecidos com o céu do lugarejo distante onde nasci, Arantina, a cidade de onde ninguém nunca conseguiu tirar minhas raízes.
Ao ler o último texto uma coisa incrível aconteceu – senti uma vontade enorme de sair do meu quarto e pegar um livro de Cortázar na Biblioteca. Maior do que a vontade foi o medo que senti de encontrar pelo caminho mancuspias enormes com suas caudas coloridas. Fiquei tolhida e trêmula de medo e o medo só passou quando elas, as manscupias começaram a cantar.E era uma música tão linda que eu podia até morrer que nem iria perceber.
Nota da resenhadora: Todos os textos do livro são muito bons de ler,mas o último, Mancuspias, é uma obra prima que só poderia ter sido escrita e acontecido no Ponto Cósmico onde o autor reside.
(Em Maio – 1)