Eu Acrescento – uma resenha sobre o livro A Exceção.
Na contra capa, trecho do comentário de The Economist: "Leia e você jamais olhará seus colegas de trabalho da mesma forma”. Eu acrescento: Leia e se olhe no espelho, do banheiro ou do quarto, ou até do corredor, mas principalmente no espelho da alma: você nunca mais se verá da mesma forma. E certamente essa forma será bem pior do que você imagina.
Outro trecho de comentário crítico, dessa vez do New York Times: "A Exceção é uma narrativa de grandes idéias construídas com perfeição”. Eu acrescento: idéias que vão se infiltrando aos poucos em nosso pensamento e tomando conta dele. Idéias profundamente pertinentes sobre a natureza humana. Idéias profundamente tristes que nos conduzem ao nosso mais profundo eu em busca de confirmação ou negação. E se formos realmente sinceros conosco mesmo, certamente confirmaremos a assertividade de todas essas idéias.
Agora, leias as palavras de The Observer: “Com o poder de fisgar o leitor é um livro tenso e impressionante". Eu acrescento: é um livro impressionante porque você começa a lê-lo de maneira despretensiosa e aos poucos você não consegue mais deixá-lo. É um livro pesado, até difícil de ler porque nele se intercalam duas realidades, a realidade do genocídio, que é o mal praticado em larga escala e a realidade do mal no microcosmo: um Escritório, tipo ONG, onde se pratica a destruição sistemática de seres humanos em escala individual. E até essas duas realidades se fundirem em uma única o leitor se sente meio perdido.
Le Monde diz: “com eficácia assustadora, mistura grandes problemas do nosso planeta com detalhes das pequenas mesquinharias de escritório que podem sujar a vida de um assalariado”. E eu acrescento: e se torna impossível não relacionar os acontecimentos do livro com a sua vida e adjacências.
The Sunday Telegraph diz que o livro é “um vigoroso e inquietante estudo da psicologia da mal” e eu acrescento: mais inquietante ainda para mim que tinha um conceito bem menos perigoso sobre o mal e que agora me vejo obrigada a rever minhas definições porque o livro, além de um romance de mistério político/policial/psicológico envolve um trabalho sério e inquietante de pesquisa sobre a psicologia do mal.
The New Yorker finalmente diz que é “um livro emocionante” e eu finalmente digo que a isso nada tenho a acrescentar.
A Exceção é um livro de autoria do dinamarquês Christian Jungersen, publicado no Brasil pela Intrínseca com tradução de Ryta Magalhães Vinagre. 558 páginas.
Na contra capa, trecho do comentário de The Economist: "Leia e você jamais olhará seus colegas de trabalho da mesma forma”. Eu acrescento: Leia e se olhe no espelho, do banheiro ou do quarto, ou até do corredor, mas principalmente no espelho da alma: você nunca mais se verá da mesma forma. E certamente essa forma será bem pior do que você imagina.
Outro trecho de comentário crítico, dessa vez do New York Times: "A Exceção é uma narrativa de grandes idéias construídas com perfeição”. Eu acrescento: idéias que vão se infiltrando aos poucos em nosso pensamento e tomando conta dele. Idéias profundamente pertinentes sobre a natureza humana. Idéias profundamente tristes que nos conduzem ao nosso mais profundo eu em busca de confirmação ou negação. E se formos realmente sinceros conosco mesmo, certamente confirmaremos a assertividade de todas essas idéias.
Agora, leias as palavras de The Observer: “Com o poder de fisgar o leitor é um livro tenso e impressionante". Eu acrescento: é um livro impressionante porque você começa a lê-lo de maneira despretensiosa e aos poucos você não consegue mais deixá-lo. É um livro pesado, até difícil de ler porque nele se intercalam duas realidades, a realidade do genocídio, que é o mal praticado em larga escala e a realidade do mal no microcosmo: um Escritório, tipo ONG, onde se pratica a destruição sistemática de seres humanos em escala individual. E até essas duas realidades se fundirem em uma única o leitor se sente meio perdido.
Le Monde diz: “com eficácia assustadora, mistura grandes problemas do nosso planeta com detalhes das pequenas mesquinharias de escritório que podem sujar a vida de um assalariado”. E eu acrescento: e se torna impossível não relacionar os acontecimentos do livro com a sua vida e adjacências.
The Sunday Telegraph diz que o livro é “um vigoroso e inquietante estudo da psicologia da mal” e eu acrescento: mais inquietante ainda para mim que tinha um conceito bem menos perigoso sobre o mal e que agora me vejo obrigada a rever minhas definições porque o livro, além de um romance de mistério político/policial/psicológico envolve um trabalho sério e inquietante de pesquisa sobre a psicologia do mal.
The New Yorker finalmente diz que é “um livro emocionante” e eu finalmente digo que a isso nada tenho a acrescentar.
A Exceção é um livro de autoria do dinamarquês Christian Jungersen, publicado no Brasil pela Intrínseca com tradução de Ryta Magalhães Vinagre. 558 páginas.