"" NEUSORE LER SETE ( SCHOPENHAUER )
O texto "A arte de Escrever"(*) trás cinco ensaios do livro principal "Parerga e Paraliponema - 1851, todos sobre o próprio ofício do autor Schopenhauer - pensar, ler, escrever e avaliar outras obras.
Se o Filósofo estava revoltado com a maneira de escrever, o excesso de livros pífios e a falta de respeito com a própria Literatura daquela época, acho que seus ossos estão chacoalhando em seu mausoléu nos dias de hoje.
Mas o autor também era um puritano classista e até desumano. Ele defendia uma Literatura para literatos, uma gama muito pequena da sociedade, isso o tornara um produto (escritor) do seu tempo. Arrogante e prepotente, dá para entender porque viveu sozinho, talvez excesso de genialidade, mas também traços de loucura e preciosismo.
Contudo, sua defesa ferrenaha de uma língua pura (Alemã), uma Literatura correta e respeito a arte de escrever são dignos de todos os louvores.
Mordaz, corrosivo e sem piedade, Schopenhauer critica desde os ditos eruditos, os escritores, os editores e os livreiros. Enfim todo o aparato literário de sua época, onde já havia a ganância pelo lucro e a nesfasta figura do escritor profissional, carreirista, que nunca tinha nada a dizer, e tudo isso, em detrimento segundo ele, da qualidade literária das produções editoriais do seu tempo, mas também não deixa de ser um desabavo e um ataque aos escritores daquele século, devido à pequena penetração de suas obras no mundo das letras, que teve um reconhecimento um pouco tardio, para sua vida.
Fazendo um paralelo da nossa Reforma Ortográfica, onde a simplicidade do ato de escrever vem tirando a beleza da Língua Culta Portuguesa, sou obrigado a concordar com o autor em muitas de suas acertativas que continua com uma modernidade gritante e atual. Nossa Cultura aceita qualquer asneira como arte. a Língua é maltratada, a música um punhado de futilidadades com palavras chulas, frases sem sentido e de uma promiscuidade de assustar qualquer leigo assim como eu e a maioria dos leitores, imagina um filósofo do quilate de Schopenhauer?
Nosso mercado editorial aceita qualquer script desde que vende e como diz o autor "Quem escreve para tolos sempre encontra público", e temos uma política que quer nos deixar sempre tolos e a mercê das inutilidades de determinadas obras.
Pensando bem, essas palavras do Filósofo vieram a luz em 1851, segundo metade do século XIX e fazem todo sentido nos dias de hoje onde livros, jornais, revistas, Tvs, Cinema, Internet e outros meios nos bombardeiam com tantas inutilidades e anticultura (na época do autor era só livros jornais e poucas revistas), então devemos sim, apesar de sua arrogância, seguir bem de perto suas idéias.
Hoje todo mundo sabe quem vai trair quem na novela das vinte horas, mas alguém sabe o nome de uma filósofo Brasileiro de grande expresão nacional, ou pelo menos o nome do Ministro da Cultura?
Sabe Filósofo, sua chibata doutrinária ainda tem muitas couraças para atingir.
Dá nos Schopenhauer...
OBS: (*) _ Resenha, resumo e comentários pessoal ao livro "A Arte de Escrever" do Filósofo Artur de Schopenhauaer, da L&PM Editores, 178 pag.).
O texto "A arte de Escrever"(*) trás cinco ensaios do livro principal "Parerga e Paraliponema - 1851, todos sobre o próprio ofício do autor Schopenhauer - pensar, ler, escrever e avaliar outras obras.
Se o Filósofo estava revoltado com a maneira de escrever, o excesso de livros pífios e a falta de respeito com a própria Literatura daquela época, acho que seus ossos estão chacoalhando em seu mausoléu nos dias de hoje.
Mas o autor também era um puritano classista e até desumano. Ele defendia uma Literatura para literatos, uma gama muito pequena da sociedade, isso o tornara um produto (escritor) do seu tempo. Arrogante e prepotente, dá para entender porque viveu sozinho, talvez excesso de genialidade, mas também traços de loucura e preciosismo.
Contudo, sua defesa ferrenaha de uma língua pura (Alemã), uma Literatura correta e respeito a arte de escrever são dignos de todos os louvores.
Mordaz, corrosivo e sem piedade, Schopenhauer critica desde os ditos eruditos, os escritores, os editores e os livreiros. Enfim todo o aparato literário de sua época, onde já havia a ganância pelo lucro e a nesfasta figura do escritor profissional, carreirista, que nunca tinha nada a dizer, e tudo isso, em detrimento segundo ele, da qualidade literária das produções editoriais do seu tempo, mas também não deixa de ser um desabavo e um ataque aos escritores daquele século, devido à pequena penetração de suas obras no mundo das letras, que teve um reconhecimento um pouco tardio, para sua vida.
Fazendo um paralelo da nossa Reforma Ortográfica, onde a simplicidade do ato de escrever vem tirando a beleza da Língua Culta Portuguesa, sou obrigado a concordar com o autor em muitas de suas acertativas que continua com uma modernidade gritante e atual. Nossa Cultura aceita qualquer asneira como arte. a Língua é maltratada, a música um punhado de futilidadades com palavras chulas, frases sem sentido e de uma promiscuidade de assustar qualquer leigo assim como eu e a maioria dos leitores, imagina um filósofo do quilate de Schopenhauer?
Nosso mercado editorial aceita qualquer script desde que vende e como diz o autor "Quem escreve para tolos sempre encontra público", e temos uma política que quer nos deixar sempre tolos e a mercê das inutilidades de determinadas obras.
Pensando bem, essas palavras do Filósofo vieram a luz em 1851, segundo metade do século XIX e fazem todo sentido nos dias de hoje onde livros, jornais, revistas, Tvs, Cinema, Internet e outros meios nos bombardeiam com tantas inutilidades e anticultura (na época do autor era só livros jornais e poucas revistas), então devemos sim, apesar de sua arrogância, seguir bem de perto suas idéias.
Hoje todo mundo sabe quem vai trair quem na novela das vinte horas, mas alguém sabe o nome de uma filósofo Brasileiro de grande expresão nacional, ou pelo menos o nome do Ministro da Cultura?
Sabe Filósofo, sua chibata doutrinária ainda tem muitas couraças para atingir.
Dá nos Schopenhauer...
OBS: (*) _ Resenha, resumo e comentários pessoal ao livro "A Arte de Escrever" do Filósofo Artur de Schopenhauaer, da L&PM Editores, 178 pag.).