Fichamento - O CAMINHO MISSIONÁRIO DE DEUS

FICHAMENTO do livro O CAMINHO MISSIONÁRIO DE DEUS

UMA TEOLOGIA BIBLICA DE MISSÕES

Timóteo Carriker

Infromações sobre o autor

Timóteo Carriker é missionário da Presbyterian Church (EUA). Trabalha no Brasil desde o ano de 1977. Iniciou seu trabalho em terras Brasileiras em Goiás, seguindo depois para o Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo. Atualmente atua em Santa Catarina, Florianópolis. Obteve a graduação em Ciências da Religião pela Universidade Carolina do Norte, fez mestrado em Teologia pelo Seminário Teológico Gordon – Conwell, mestrado em Missiologia e doutorado em Estudos Interculturais do Seminário Teológico Fuller. Atualmente é consultor missiológico na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e ensina em instituições de ensino.

Outras obras:

Missão Integral - Uma Teologia Bíblica, Ed. SEPAL, 1992,

Trabalho, Descanso e Dinheiro - ISBN: 8586539422 - Editora ULTIMATO, 2001

Missões E A Igreja Brasileira- A Vocação Missionária, Editora MUNDO CRISTÃO, São Paulo, 1987 em 5 volumes.

A Visão Missionária na Bíblia - Uma história de amor, Editora Ultimato / 2005,

RESUMO

O autor dá-nos uma visão panorâmica Bíblica tanto no Velho como no Novo Testamento sobre missões, o propósito de Deus ter escolhido um povo peculiar entre a famílias da terra com o propósito de realizar a Sua missão entre todas as famílias da terra. Mostra como em muitas ocasiões Israel era negligente com o “seu dever diante de Deus“ ou no seu “papel entre as nações” (pág. 7).

Valoriza a “Bíblia, Palavra de Deus... palavra recitada pelo povo de Deus, chamado para uma tarefa de repercussão e significado universais” , muitas vezes ameaçadas pela “falta de compressão de sua identidade diante de Deus e no meio das nações” (pag. 7). Vemos que o mesmo ainda ocorre na dispensação da graça quando muitos de nós nem sabem o seu papel na obra de Deus muito menos qual a sua verdadeira identidade como Seu filho e dispenseiros do Seu Reino aqui na terra.

Sentimos, através desta leitura o despertamento para uma “leitura proveitosa...” que “... envolve o corpo, a mente, o coração, todo o esforço, até mesmo nosso espírito” (pag. 10).

“A missão do povo de Deus encontra as suas raízes mais profundas na missão de Israel” (pág 15). Nela se reflete o plano redentor de Deus para toda a humanidade, desde os relatos da criação.

Desde o princípio o plano de Deus é alcançar toda a humanidade. Vemos isso na comissão dada a Adão e Eva: “Crescei e multiplicai-vos e povoai a terra... e sujeitai-a” Essa é a nossa missão. A missão de toda a Igreja, agora vemos mais claramente que este mesma comissão é reeditada na pessoa de Jesus para toda aquele que nele crê: “Ide por todo o mundo,e pregai o Evangelho a toda a criatura...” (Mc 16:15) ou “Portanto, ide e ensinai todas as nações...” (Mat 28:19).

Na criação recebemos a comissão de “dominar a criação”. Um desafio sócio-familiar de ”multiplicar, encher e dar nomes”, a “responsabilidade econômica e ecológica de (sujeitar, cultivar e guardar”” e o governo (dominar e governar)” (pág. 21) marcando o início de uma série de obrigações, o mandato para a família e a comunidade, a lei e a ordem, a cultura e a civilização que é ampliada e aprofundada durante o desdobrar da revelação divina.

A queda muda o curso da história em relação a raça humana. Nossos primeiros pais foram reprovados logo no primeiro teste de lealdade. Falharam quanto a lealdade, a obediência ao escolherem uma vida independente de Deus, optaram por escolher conhecer tanto o bem quanto o mal e não escolheram a árvore da vida para que vivessem o chamado inicial, como Deus esperava que o fizessem.. Vemos que o mandato cultural não foi revogado, mesmo depois da queda. O homem continuou a sujeitar e cultivar a terra ... mas, diferente de antes que talvez era uma tarefa prazerosa, agora como uma disciplina dolorosa (págs. 22-23). Assim, esse mandato foi reeditado sempre que o plano original tendia naufragar. Tanto que após o dilúvio “o homem continuou a sujeitar e cultivar a terra e este mandato ampliado (Gn 9:1-10). E continuou e se desenvolveu até a sua reedição no Sinai até Jesus, tendo o Si próprio como modelo para os apóstolos que demonstram todos os padrões sociais e instituições e seguem dentro do circuito de preocupação de Deus (pág. 23).

Encontramos os propósitos de Deus para a Sua criação como um:

1. Deus ativo;

2. Deus soberano;

3. Deus com um propósito final;

4. Deus com um propósito redentor;

5. Deus com um propósito mundial.

Basicamente o autor nos mostra de forma panorâmica “A CRIAÇÃO DO MUNDO – A CRIAÇÃO DO HOMEM – A PROVISÃO DE VITÓRIA SOBRE O MAL” (pág. 17-19) como forma de cumprir o propósito de Deus e Sua visão em relação à humanidade.

Quanto a natureza do homem, vemos que ele foi criado:

1. Um só;

2. Dependente de Deus;

3. Portador da imagem de Deus;

4. Capaz de pecar e carente de redenção.

Por isso o Senhor proveu um meio de salvação, através do papel central e redentor de Jesus (24-29).

Deus é Deus de Misericórdia e Julgamento. Embora o homem seja carente e incapaz de se autorredimir, Deus mandou seu Filho para vir em nosso auxílio e fazer aquilo que era impossível para nós fazermos (Rm 1:18; 3:23; 8:20).

Embora a ira de Deus seja imutável em Seu coração, o Seu amor e Sua misericórdia estão aptos a nos alcançar tão somente haja arrependimento genuino, com disposição a abandonar o pecado e dispensar Seu perdão. Isto significa que Seu amor é incondicional, mas Sua misericórdia e seu perdão estão condicionados ao arrependimento sincero, que implique em mudança radical de atitude.

Precisamos ter fé e obediência para quando, como Noé, Abraão e outros exemplos Bíblicos, ouvirmos a voz de Deus não tenhamos endurecido o coração e obedeçamos, mesmo que seja algo que contrarie os nossos projetos e sonhos, tirando-nos da nossa zona de conforto.

Deus mostra sua graça e misericórdia ao nos eleger com o propósito de sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor (Ef 1:4). O mesmo propósito que elegeu, Adão, Noé, Abraão e Davi. Pela obediência e gratidão por estes demonstradas Deus fez promessas notáveis a eles. A Noé, prometeu não mais destruir a humanidade com outro dilúvio; a Abraão, prometeu uma descendência inumerável e ainda bendizer toda a humanidade através de um dos seus descendentes; A Davi, elegeu-o para, de sua linhagem, trazer ao mundo o nosso redentor, o Rei dos Reis. A eleição gerou uma aliança peculiar para um povo peculiar. Elegeu Israel para abençoá-lo e este ser bênção para os povos. Dessa mesma forma nós os cristão também somos chamados.

As boas Novas de Jesus:

São quatro os Evangelhos – 3 sinóticos, ou com a mesma ótica (Mateus, Marcos e Lucas), ou ainda, coincidentes e um distinto (João),

Embora muitos achassem antigamente que eram “fotografias da história de Jesus” outros preferem dizer que são “pinturas”, pois refletem a ótica de quem o vivenciou.

Cada um dos evangelistas traçado a atividade de Jesus desde a sua origem. Marcos desde a obra de João Batista e o batismo de Jesus... Mateus e Lucas, desde o nascimento de Jesus de uma virgem; João desde a criação, e além dela (pág. 221).

Mostra a divindade e a humanidade de Cristo, o “Filho de Deus” e também o “Filho do Homem”, sua encarnação, vida, ministério, morte e ressurreição como cumprimento do plano divino de restaurar o homem a Si. A grande comissão ao enviar seus discípula a ir fazer discípulos de todas as nações (Mc 16:15; Mt 28:19-20) com a promessa de sua cooperadora presença até o fim.

Implicações atuais:

Todo o livro nos traz à reflexão do caminho traçado por Deus para seguirmos. É um caminho pautado basicamente em missões, pois Missões nasceram no coração de Deus. E esta é a razão do nosso chamado.

Observemos os chamados Bíblicos e todos eles tiveram um único objetivo, embora em situações e aspectos diferentes. Noé foi chamado para ser salvo com sua família da destruição iminente. Salvando sua família estaria salvaguardado o projeto inicial de Deus, dando continuidade a obra de ser abençoado e de ser bênção e exemplo para toda a humanidade, para que a glória de Deus fosse manifesta este as nações.

Abraão é retirado da sua parentela, atendendo a um chamado específico de Deus, com o propósito de ser uma bênção e abençoar todas as famílias da terra.

Chegamos a Davi e vemos esses mesmos propósitos de Deus em Sua vida quando recebe do Senhor a promessa de um reino eterno, onde não faltaria quem sobre o seu trono se sentasse. Jesus é o cumprimento dessa promessa. Ele é o Rei dos Reis. O Senhor dos Senhores. O Messias prometido, O redentor de nossas almas.

Conclusão:

Vemos que o propósito da missão da Igreja é a salvação (pág. 231).

Deus tem chamado a Igreja para cumprir o Seu propósito de redenção.

O Novo Testamento nos mostra o mover centrífugo da Igreja em sua ação missionária. O Antigo Testamento, vemos o movimento centrípeto, do povo de Deus.

Em ambos o caso o propósito de Deus é o mesmo - buscar poucos, e prepará-los para que possa alcançar toda a humanidade na face da terra (pág. 305). em ambos os casos vemos a mesma ação do Espírito. O dois elementos, centrífugos e centrípetos estão presente nos dois testamentos, embora com ênfases diferentes.

Precisamos levar a Sua mensagem de boas novas até os confins da terra para que se cumpra o último sinal de Sua vinda, começando de Jerusalém (onde nós estamos) e até aos confins da terra. Não podemos descansar enquanto esta comissão a nós confiada não tiver sido dado cabo.

BIBLIOGRAFIA

CARRIKER, Timóteo - O CAMINHO MISSIONÁRIO DE DEUS (Uma Teologia Bíblica de Missões)/134p: Editora Palavra, Agosto/2005 – Brasília - DF

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 29/07/2010
Reeditado em 11/01/2011
Código do texto: T2407121
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