Resenha - A VISÃO MISSIONÁRIA NA BÍBLIA

Título da resenha: A VISÃO MISSIONÁRIA NA BÍBLIA

Subtítulo: Uma História de Amor

Livro: A VISÃO MISSIONÁRIA NA BÍBLIA – CARRIKER, Timóteo/134p: Editora Ultimato, Outubro/2005 – Viçosa - MG

Introdução:

O autor presta-nos um excelente serviço ao escrever este livro que, como o seu próprio título sugere, abre à Igreja e principalmente aos seus dirigentes uma visão real sobre Missão e Missões.

Aprendemos como devemos servir ao Deus que é Missionário por excelência. Mostra ao leitor como o assunto central da Bíblia Sagrada é missões, de Gênesis a Apocalipse. Eu diria que esta é uma leitura imperdível, tanto para aqueles que são líderes como para todo o Cristão autêntico que queira, de fato, servir a Deus, de acordo como Deus quer ser servido – Amando a Deus em primeiríssimo lugar e ao próximo como a si mesmo.

Basicamente o autor nos mostra de forma panorâmica “A CRIAÇÃO DO MUNDO – A CRIAÇÃO DO HOMEM – A PROVISÃO DE VITÓRIA SOBRE O MAL” (pág. 17-19) como forma de cumprir o propósito de Deus e Sua visão em relação à humanidade.

Desenvolvimento:

É um livro palpitante, dado à riqueza de detalhes sobre o real sentido de Missão e Missões, daquilo que Deus teve e sempre esteve em Sua mente quando criou o universo e, por fim o homem, e deu-lhe a tarefa a ele e seus descendentes de se multiplicarem, povoarem e governarem a terra com o propósito de proclamarem a Sua glória entre todas as famílias da terra.

Mostra-nos através de suas páginas como sempre Deus procurou servir ao homem ao criar primeiramente um mundo para ele, e criando esse homem com a tarefa de povoar, cultivar e governar a terra, representando entre as famílias terrenas. Esta foi a Sua primeira aliança com a humanidade.

Aparentemente Deus teve o seu plano frustrado com a queda do homem, mas Ele não se deu por vencido.

Reestruturou a aliança primitiva prometendo ao homem que através da semente da mulher traria um remanescente que remiria a sua descendência a Satanás. O pecado do homem teve conseqüências – Comeria agora do fruto do seu próprio trabalho, enfrentaria problemas com saúde e experimentaria a morte.

Citações como “Deus resolveu alcançar seu propósito maior em relação ao mundo todo, com todos os seus povos” (pág. 23,12) de modo semelhante mostra, em toda a extensão da obra que Deus nunca abandonou o Seu propósito inicial.

Pela ótica dos afunilamentos, partindo de Adão para alcançar o mundo da época, afunila para Noé e sua família, quando no dilúvio universal destrói toda a humanidade, restando apenas Noé, seus filhos e suas esposas, na aliança de recomeçarem uma geração conforme os seus planos iniciais.

Na criação, vemos que a outorga por Deus do “domínio à humanidade abrande o mundo inteiro” (pág. 19). Vemos então um reflexo da imagem de Deus no próprio ser humano com o fim de “promover o reino de Deus que se imputou ao homem a imagem de Criador” (pág. 19).

De Noé, abre-se novamente o funil em direção das novas famílias surgentes.

O povo cresce e tende a se dispersar como era o desejo de Deus, pois deveriam povoar a terra. No entanto, Ninrode, um dos descendentes de Noé começa a ficar famoso e tende a fugir do plano inicial de Deus. Convence ao povo que construam uma torre para fazer o seu nome grande e cujo topo os leve ao céu.

Deus interfere com a confusão de línguas para que o povo se espalhe e possa povoar e cuidar da terra, conforme havia planejado antes.

Vemos, através deste livro, que Deus estabeleceu várias alianças com a humanidade, alianças essas que são reedições da primeira feita com Adão e Eva.

Primeira aliança

“Frutificai, e multiplicai-vos e enchei a terra, e sujeitai-a e dominai” (Gn 1:28) sobre o restante da criação. Também prometeu suprimento e alimento provenientes dos frutos e das sementes das árvores do jardim com exceção dos da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Segunda aliança

Após a queda, o Senhor reedita a primeira aliança provendo salvação através da semente da mulher.

Terceira aliança

Com a degeneração da raça humana Deus faz nova reedição, desta vez através de Noé, a sua família e reinício da raça humana pela descendência de Noé. Acrescenta aqui a aliança do arco-íris, onde promete não mais destruir a humanidade através do dilúvio.

Intervenção divina - Com o desvio de Ninrode, Ele intervém para que a raça humana se propague pela face da terra, no evento da confusão das línguas.

Quarta aliança

Deus chama Abrão, e após firmar com ele mais essa reedição de sua aliança original, o escolhe para fazer dele um povo numeroso, incontável para manifestar através dele a sua glória, seu amor e sua misericórdia. O que parecia impossível se tornou uma realidade.

A característica dessa aliança foi a promessa de fazer dele uma grande nação para ser canal de bênção para todos os povos. Por isso teve seu nome mudado para Abraão – pai de multidões (Cap. 2). O selo dessa promessa foi o pacto da circuncisão.

Essa aliança foi cumprida pela vinda de Cristo, o Filho de Deus, descendência de Abraão – “Os gentios são co-herdeiros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” (pág. 27).

Vemos esta edição de aliança refletida em Isaac, Israel (Jacó) em toda a descendência de Abraão.

Quinta aliança

Moisés foi levantado como o libertador do povo de Israel, mas Deus foi, de fato, o agente de libertação e restauração do Seu povo. “Vós sereis reino de sacerdotes e nação santa (Ex 19:6; 1 Pe 2:9), um povo peculiar” (pág. 38). Deus renovou sua aliança inicial com Adão, Abraão agora com Moisés, ratifica a circuncisão como sinal entre o Seu povo peculiar e acrescenta a Lei mosaica, conduzindo o Seu povo à terra que havia prometido a Abraão.

Sexta aliança ou Aliança Davídica.

O Senhor promete a Davi, homem segundo o Seu coração que nunca faltaria descendente para sentar-se em seu trono. E renova a promessa do Messias e define que o Messias seria Alguém com ascendência davídica.

Teria o Messias um Reino Eterno a quem só a Ele cabia os títulos de “Maravilhoso conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz e também Filho do Homem” (pág. 52;53).

A casa do Senhor foi chamada “casa de oração para todos os povos”. O povo de Israel seria portador de sua “Luz para as nações” (pág. 53).

O ministério profético serviu para despertar o povo para retornar aos padrões das alianças e das promessas de Deus. E também apontavam para a tão aguardada vinda do Messias de Israel.

Sétima aliança:

Deus cumpre a Sua promessa de redenção ao trazer ao mundo o Seu Filho Unigênito. Com o advento de Jesus dá-se início à dispensação da graça de Deus. O selo dessa nova e eterna aliança é o sangue do Cordeiro de Deus. O único que é capaz de tirar o pecado do mundo.

Jesus cumpriu a promessa feita a Abraão - “todas as famílias da terra seriam abençoadas através dele e de sua descendência” “ e ao Teu descendente, que é Cristo” (pág. 61).

Conclusão:

Um livro de grande interesse e que deve ser lido por todo aquele que deseja cumprir o “ide” de Jesus. Pastores e líderes não podem se furtar de sua leitura. Do começo ao fim encontramos pérolas Bíblicas antes escondidas aos nossos olhos. Realmente Carriker soube explorar o tema missões com maestria.

Para mim ficou cada vez mais claro, à medida que lia esta obra o meu chamado para missões e a responsabilidade que temos em cumprir o “ide” do Senhor, que é ir até aos confins da terra, começar por minha cidade e região, pregar o Evangelho do Reino e fazer discípulos de todas as famílias da terra, em cumprimento ao plano inicial de Deus que é ter uma grande família onde possa manifestar o Seu amor, a Sua graça, o Seu poder e a Sua infinita misericórdia que se renova a cada nova manhã.

BIBLIOGRAFIA:

CARRIKER, Timóteo - A VISÃO MISSIONÁRIA NA BÍBLIA (Uma História de Amor)/134p: Editora Ultimato, Outubro/2005 – Viçosa - MG

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 28/07/2010
Código do texto: T2403503
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