Relíquias Sagradas – Fred Vargas
Terminei a leitura desse livro a bordo do avião da TAP que me levou a Lisboa. Em uma sincronicidade total as luzes da aeronave se apagaram no momento exato em que acabei de ler a última palavra. Agora, colocando no lugar as coisas que foram passear comigo, vejo que preciso fazer anotações sobre o livro antes de devolvê-lo a prateleira junto aos seus congêneres. Ou seja: escrever uma resenha para não me esquecer. Ou para relembrar. Ou para tentar lembrar já que faz um tempinho que li.
Viciada como sou em ler percebo que é a primeira vez em muito tempo que li apenas um livro por mês. Troquei meu mundo de viagens literárias pelas viagens in loco. Ainda não sei se troquei seis por meia dúzia. Estou pensando a respeito. Mas sei que alguns cenários literários de agora em diante terão novas cores para mim. E sabores.
O livro é mais uma aventura do delegado de Polícia Adamsberg. A maioria dos personagens entra e sai de seus livros. Trocando em miúdos: se repetem. Inclusive Camille, a mulher de sua vida. Desta vez, ao contrário de outras em que foi co protagonista, apenas é citada. Mas domina a cena. Agora eles têm um filho pequeno, mas não têm mais um caso. Ele cuida do filho quando ela precisa exercer uma de suas profissões – é musicista. E curte um ciúme recolhido.
Fred Vargas é especialista em construir roteiros inverossímeis que se tornam verossímeis graças ao seu talento para desenvolvê-los. Esta história não foge a regra. É de uma maluquice total. Mas é gostosa de ler. Também tem o hábito nos causar surpresa em relação ao assassino. Ela nos engana, mas não nos sentimos enganados porque engana a polícia também. E cria personagens bastante exóticos, mas que se tornam plausíveis. Em um de seus livros, um dos personagens decorou o dicionário. E explica as palavras como se fosse um. Nesse, o co protagonista, Veyrene, fala em versos. De doze sílabas. Eu só dou conta de falar em versos com sete sílabas. Mas não tenho esse cacoete.
Há uma grande miscelânea de fatos: jovens são degolados, cervos eviscerados, túmulos violados, relíquias roubadas, fantasmas do passado, sombras assombradas. Mas o coquetel, apesar de tanta mistura, fica uma delícia. Uma boa leitura para um fim de semana. Ou um vôo internacional.
Terminei a leitura desse livro a bordo do avião da TAP que me levou a Lisboa. Em uma sincronicidade total as luzes da aeronave se apagaram no momento exato em que acabei de ler a última palavra. Agora, colocando no lugar as coisas que foram passear comigo, vejo que preciso fazer anotações sobre o livro antes de devolvê-lo a prateleira junto aos seus congêneres. Ou seja: escrever uma resenha para não me esquecer. Ou para relembrar. Ou para tentar lembrar já que faz um tempinho que li.
Viciada como sou em ler percebo que é a primeira vez em muito tempo que li apenas um livro por mês. Troquei meu mundo de viagens literárias pelas viagens in loco. Ainda não sei se troquei seis por meia dúzia. Estou pensando a respeito. Mas sei que alguns cenários literários de agora em diante terão novas cores para mim. E sabores.
O livro é mais uma aventura do delegado de Polícia Adamsberg. A maioria dos personagens entra e sai de seus livros. Trocando em miúdos: se repetem. Inclusive Camille, a mulher de sua vida. Desta vez, ao contrário de outras em que foi co protagonista, apenas é citada. Mas domina a cena. Agora eles têm um filho pequeno, mas não têm mais um caso. Ele cuida do filho quando ela precisa exercer uma de suas profissões – é musicista. E curte um ciúme recolhido.
Fred Vargas é especialista em construir roteiros inverossímeis que se tornam verossímeis graças ao seu talento para desenvolvê-los. Esta história não foge a regra. É de uma maluquice total. Mas é gostosa de ler. Também tem o hábito nos causar surpresa em relação ao assassino. Ela nos engana, mas não nos sentimos enganados porque engana a polícia também. E cria personagens bastante exóticos, mas que se tornam plausíveis. Em um de seus livros, um dos personagens decorou o dicionário. E explica as palavras como se fosse um. Nesse, o co protagonista, Veyrene, fala em versos. De doze sílabas. Eu só dou conta de falar em versos com sete sílabas. Mas não tenho esse cacoete.
Há uma grande miscelânea de fatos: jovens são degolados, cervos eviscerados, túmulos violados, relíquias roubadas, fantasmas do passado, sombras assombradas. Mas o coquetel, apesar de tanta mistura, fica uma delícia. Uma boa leitura para um fim de semana. Ou um vôo internacional.