Conseguindo a minha vida de volta -
Antonio Maria Santiago Cabral
Um homem sobe os degraus de uma escada rompendo grilhões que o mantém preso. No fim dos degraus se encontra a porta que lhe servirá de passagem para a Vida. Assim é a capa desse livro, escrito por Antônio Maria Santiago Cabral e que eu acabo de ler.
Minha vida daria um romance é o que muita gente diz. Eu acredito que todas as vidas dariam um bom romance caso fossem contadas por um autor de talento. Antonio Maria tem talento. É um homem inteligente e sensível. Sua vida daria muitos romances. Do que contou nessa história que acabo de ler ele pode tirar material para um sem fim de boas histórias. Desde a infância muito pobre até os dias de hoje ele contou sua história de uma forma quase linear. Uma história de muito sofrimento, mas também uma história de redenção.
A maioria dos autores escreve sempre sua própria história disfarçada em ficções. Quando não são fatos vividos, são sentimento escondidos que não se tornam públicos oficialmente. Na maior parte das vezes um sentimento estranho toma conta de nós. Pudor, talvez. Falta de coragem em assumir o verdadeiro eu junto ao leitor. Isso não acontece com Antônio Maria. Ao decidir escrever um romance ele decidiu também passar a vida em pratos limpos: ações e sentimentos. Ele tudo conta com ousadia e coragem, sem nenhum medo de expor as próprias fraquezas, os próprios limites. Foi ao fundo do poço tantas vezes que é difícil acreditar que hoje tenha uma vida normal e saudável. Uma vida produtiva.
Antônio Maria é um alcoólico. Sim, ele é, porque quem é nunca deixa de ser. Mas ser um alcoólico não é uma maldição. Não, quando se aceita isso. É preciso entrar bem dentro de si mesmo para conhecer os próprios limites. E quando se reconhece isso é possível lutar e transformar a própria vida. E ele sempre lutou. Nunca deixou que o vício tomasse conta dele para sempre. Lutou, na maior parte das vezes, sozinho. Abandonado por suas mulheres por causa do vício, ele não desistiu. Enfrentou com garra todos os percalços. Levantava e caía. Mas nunca desistiu de levantar. Ele não esconde absolutamente nada. Conta tudo.
Romance autobiográfico que prende a atenção até a última linha. Uma boa leitura para quem gosta de conhecer vidas reais. Uma boa leitura para quem luta com os mesmos problemas. Uma boa leitura para todos que convivem com pessoas que possuem compulsão para determinadas coisas, sejam elas quais forem: bebida, drogas, jogo. Porque esse é um mundo triste. Sofre o viciado e todos que o amam. É preciso ter um mínimo de compreensão para também não se tornar um co-dependente.
Antonio Maria Santiago Cabral
Um homem sobe os degraus de uma escada rompendo grilhões que o mantém preso. No fim dos degraus se encontra a porta que lhe servirá de passagem para a Vida. Assim é a capa desse livro, escrito por Antônio Maria Santiago Cabral e que eu acabo de ler.
Minha vida daria um romance é o que muita gente diz. Eu acredito que todas as vidas dariam um bom romance caso fossem contadas por um autor de talento. Antonio Maria tem talento. É um homem inteligente e sensível. Sua vida daria muitos romances. Do que contou nessa história que acabo de ler ele pode tirar material para um sem fim de boas histórias. Desde a infância muito pobre até os dias de hoje ele contou sua história de uma forma quase linear. Uma história de muito sofrimento, mas também uma história de redenção.
A maioria dos autores escreve sempre sua própria história disfarçada em ficções. Quando não são fatos vividos, são sentimento escondidos que não se tornam públicos oficialmente. Na maior parte das vezes um sentimento estranho toma conta de nós. Pudor, talvez. Falta de coragem em assumir o verdadeiro eu junto ao leitor. Isso não acontece com Antônio Maria. Ao decidir escrever um romance ele decidiu também passar a vida em pratos limpos: ações e sentimentos. Ele tudo conta com ousadia e coragem, sem nenhum medo de expor as próprias fraquezas, os próprios limites. Foi ao fundo do poço tantas vezes que é difícil acreditar que hoje tenha uma vida normal e saudável. Uma vida produtiva.
Antônio Maria é um alcoólico. Sim, ele é, porque quem é nunca deixa de ser. Mas ser um alcoólico não é uma maldição. Não, quando se aceita isso. É preciso entrar bem dentro de si mesmo para conhecer os próprios limites. E quando se reconhece isso é possível lutar e transformar a própria vida. E ele sempre lutou. Nunca deixou que o vício tomasse conta dele para sempre. Lutou, na maior parte das vezes, sozinho. Abandonado por suas mulheres por causa do vício, ele não desistiu. Enfrentou com garra todos os percalços. Levantava e caía. Mas nunca desistiu de levantar. Ele não esconde absolutamente nada. Conta tudo.
Romance autobiográfico que prende a atenção até a última linha. Uma boa leitura para quem gosta de conhecer vidas reais. Uma boa leitura para quem luta com os mesmos problemas. Uma boa leitura para todos que convivem com pessoas que possuem compulsão para determinadas coisas, sejam elas quais forem: bebida, drogas, jogo. Porque esse é um mundo triste. Sofre o viciado e todos que o amam. É preciso ter um mínimo de compreensão para também não se tornar um co-dependente.