Hoje comecei um livro de terror e suspense. Autor relativamente novo mas com a pesada bagagem de ser filho de Stephen King,  mestre do gênero. 
As primeiras páginas me conquistaram, não consegui parar de ler até ser vencida pelo cansaço. Eram quase três da manhã e a história bem contada não dava uma trégua.
O escritor muitas vezes tem um texto maravilhoso nas mãos, argumento, personagens e construção perfeitas. E não acontece. Existem pessoas que irão achar loucura, mas um toque de magia pessoal tempera o enredo. Volto e releio atentamente, não houve buracos ou enxertos desnecessários. É escrita limpa, direta e recém saída do forno.
Cheia de sabores diferentes. Para o leitor ávido a descoberta promete reviravoltas bem amarradas, surreais e completamente inusitadas.
Sempre fui fã de Stepen King e Dean koontz, são estilos diferentes, embora ouça, que tudo não passa de Terror. Isto não é verdade. King pega um eletrodoméstico e transforma em instrumento mortal, dá vida a um carro fantasma, cria situações impossíveis com uma simples caneta.
Koontz  algumas vezes começa o livro tão cheio de descrições e sentimentos, que se você descuidar pensa que está lendo um romance. Paisagens bucólicas, famílias felizes e cidades perfeitas.
E no meio da calmaria, introduz uma criatura desumana, um assassinato inesperado, abre as portas do pesadelo e seduz. Ele consegue, assim como King , desafiar o leitor em hipóteses que saltam aos olhos e nos empurram para o oculto. Aquilo que não queremos enxergar, o banal que passa despercebido.
Até onde ele ousa, sinceramente não sei, quando penso que já li tudo que uma mente prodigiosa poderia criar, eles lançam obras completamente diferentes. Reinventam.
Comecei com Joe Hill e seu livro Estrada da noite, não consegui resistir e falei um pouco dos velhos senhores do Horror. Não existe a menor chance de confundir os três escritores. 
Hill é a lufada de vento forte, invadindo espaços e preenchendo lacunas. Traz a modernidade sem perder o foco principal, irresistível e muito bem vindo. Não esconde o jogo, na capa ele diz o que vai contar. Uma boa história de terror com tudo que temos direito.
O que este moço vai mostrar se já sei que o personagem principal coleciona coisas bizarras, arrematou pela internet um terno assombrado em uma leilão virtual, e entre outras tem uma namorada Gótica?
Aí está o maior engano, Hill propõe um jogo e vale  a pena entrar e aproveitar. Impossível resistir ao mistério oculto por trás das cortinas. Como fã , estou aguardando o próximo ansiosamente.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 29/08/2008
Reeditado em 15/09/2008
Código do texto: T1151973
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