Vestida para casar
Ao titular esta resenha, por um milésimo de segundo não escrevi: Vestida para matar, que acredito foi onde quem dá título aos filmes estrangeiros no Brasil provavelmente se inspirou. 27 dresses é o nome original, em inglês.Eu gosto de imaginar que nome daria aos filmes, se fosse eu a dar nome aos filmes, mas não consegui bolar um para este. Afinal, a mocinha na verdade não está vestida para casar, mas sim para ir aos casamentos, como madrinha ou dama de honra.Por 27 vezes, o que convenhamos, é um exagero.
Tinha ido mais cedo a um aniversário de 90 anos. Saindo da festa resolvi, porque ainda era muito cedo, dar um pulinho ao Shopping para ver um filme. São duas salas, não há muita escolha. Mas mesmo se houvesse, provavelmente eu escolheria esse: adoro comédias românticas, dessas que a gente vê e logo esquece para rever na Sessão da Tarde quando se aposentar. O que para mim, pelo jeito, será nunca, pois quanto mais me aposento mais trabalho me aparece.E este filme é uma comédia romântica clássica, com todos os deliciosos clichês necessários para que seja uma comédia romântica esquecível.
Katherine Heigl,a médica Izzie do seriado Grey's Anatomy é Jane, uma jovem que tendo perdido a mãe muito cedo cresce com a mania de tomar conta de todo mundo.É a clássica boazinha.Seus pais também viveram um casamento feliz. E esse é o seu grande sonho: casar-se e ser feliz para sempre. Mas talvez por ser tão boazinha, o tempo vai passando e ela vai ficando.É a madrinha ou dama de honra de todas as suas amigas. Na verdade, ela prepara o casamento de todas.Ela tem um patrão, por quem é apaixonada e uma irmã mais nova, modelo e bem avançadinha.Quando a irmã volta da Europa e se hospeda com ela, acontece o previsível: o chefe e a irmãzinha se apaixonam e mais uma vez Jane sobra e se ocupa de sua função primordial: preparar mais um casamento.E na história ainda vamos encontrar um repórter especializado em cobrir casamentos com quem Jane entra em conflito.Este é o miolo da história e mais não vou contar porque se não perde a graça. Mas posso garantir que o filme é bonitinho, com bons momentos para rir e chorar. Emoções simples que afastam da mente os problemas do cotidiano e as grandes tragédias humanas.Saí do cinema bem humorada, enfrentando os grossos pingos de chuva enquanto tentava achar o meu Fiesta prata entre dezenas de outros carros prata, no estacionamento ermo,obscuro e deserto.De gente, porque de carros estava lotado.E nem o fato de ficar presa no carro, na porta de minha casa, sem poder entrar por causa das águas de março que resolveram cair todas de uma vez só, me tirou do sério. Fiquei pensando no filme, lembrando dos tempos em que fui, anonimamente uma cronista de casamentos: minha amiga N. tem um Buffet, sem dúvida nenhuma o melhor da região e, após cada casamento ela ia até minha fábrica de pães, com as fotografias dos eventos; alí, assentadas em uma das mesas, ela ia mostrando as fotografias, contando as histórias e eu ia escrevendo o texto para que ela publicasse nos jornais.E não é que até gostava de fazer isso!...A chuva que caía também fez com que eu me lembrasse do filme: um toró daqueles provocou uma alegre e romântica cena de amor. Mas comigo, o que aconteceu foi apenas ter que tirar os sapatos, enrolar as pernas da calça e atravessar debaixo de chuva a rua, temendo ser levada pela enxurrada.Mas valeu!
Ao titular esta resenha, por um milésimo de segundo não escrevi: Vestida para matar, que acredito foi onde quem dá título aos filmes estrangeiros no Brasil provavelmente se inspirou. 27 dresses é o nome original, em inglês.Eu gosto de imaginar que nome daria aos filmes, se fosse eu a dar nome aos filmes, mas não consegui bolar um para este. Afinal, a mocinha na verdade não está vestida para casar, mas sim para ir aos casamentos, como madrinha ou dama de honra.Por 27 vezes, o que convenhamos, é um exagero.
Tinha ido mais cedo a um aniversário de 90 anos. Saindo da festa resolvi, porque ainda era muito cedo, dar um pulinho ao Shopping para ver um filme. São duas salas, não há muita escolha. Mas mesmo se houvesse, provavelmente eu escolheria esse: adoro comédias românticas, dessas que a gente vê e logo esquece para rever na Sessão da Tarde quando se aposentar. O que para mim, pelo jeito, será nunca, pois quanto mais me aposento mais trabalho me aparece.E este filme é uma comédia romântica clássica, com todos os deliciosos clichês necessários para que seja uma comédia romântica esquecível.
Katherine Heigl,a médica Izzie do seriado Grey's Anatomy é Jane, uma jovem que tendo perdido a mãe muito cedo cresce com a mania de tomar conta de todo mundo.É a clássica boazinha.Seus pais também viveram um casamento feliz. E esse é o seu grande sonho: casar-se e ser feliz para sempre. Mas talvez por ser tão boazinha, o tempo vai passando e ela vai ficando.É a madrinha ou dama de honra de todas as suas amigas. Na verdade, ela prepara o casamento de todas.Ela tem um patrão, por quem é apaixonada e uma irmã mais nova, modelo e bem avançadinha.Quando a irmã volta da Europa e se hospeda com ela, acontece o previsível: o chefe e a irmãzinha se apaixonam e mais uma vez Jane sobra e se ocupa de sua função primordial: preparar mais um casamento.E na história ainda vamos encontrar um repórter especializado em cobrir casamentos com quem Jane entra em conflito.Este é o miolo da história e mais não vou contar porque se não perde a graça. Mas posso garantir que o filme é bonitinho, com bons momentos para rir e chorar. Emoções simples que afastam da mente os problemas do cotidiano e as grandes tragédias humanas.Saí do cinema bem humorada, enfrentando os grossos pingos de chuva enquanto tentava achar o meu Fiesta prata entre dezenas de outros carros prata, no estacionamento ermo,obscuro e deserto.De gente, porque de carros estava lotado.E nem o fato de ficar presa no carro, na porta de minha casa, sem poder entrar por causa das águas de março que resolveram cair todas de uma vez só, me tirou do sério. Fiquei pensando no filme, lembrando dos tempos em que fui, anonimamente uma cronista de casamentos: minha amiga N. tem um Buffet, sem dúvida nenhuma o melhor da região e, após cada casamento ela ia até minha fábrica de pães, com as fotografias dos eventos; alí, assentadas em uma das mesas, ela ia mostrando as fotografias, contando as histórias e eu ia escrevendo o texto para que ela publicasse nos jornais.E não é que até gostava de fazer isso!...A chuva que caía também fez com que eu me lembrasse do filme: um toró daqueles provocou uma alegre e romântica cena de amor. Mas comigo, o que aconteceu foi apenas ter que tirar os sapatos, enrolar as pernas da calça e atravessar debaixo de chuva a rua, temendo ser levada pela enxurrada.Mas valeu!