COLÉGIO OURAN HOST CLUBE volume 1: a situação ambígua

COLÉGIO OURAN HOST CLUBE volume 1: a situação ambígua

Miguel Carqueija

 

Este mangá é bizarro, atípico, passado em ambiente escolar adolescente. O colégio do título é uma instituição para ricos. A história gira em torno de Haruhi Fujioka, uma garota de cabelos curtos, pobre, que ganhou uma bolsa de estudos para o colégio. Só que, não tendo podido comprar o uniforme, ela pegou do pai uma roupa qualquer mais parecida, para frequentar a instituição. E chegando lá, pensam que ela é um garoto. E casualmente vai parar no reduto do “Host Club” — um estranho clube de festas sociais mantido por seis estudantes nas dependências do educandário.

 

Resenha do volume 1 do mangá de Bisco Hatori. Editora Panini, São Paulo-SP, 2008. Editora Hakusensha, Japão, 2003. Tradução: Karen Kazumi Hayashida. Capítulos 1, 2 e 3.

 

“Quando a porta se abriu, lá estava o Host Club.”

(Haruhi Fujioka)

 

“Dois conceitos são importantes no Colégio Particular Ouran... 1) Prestígio da família. 2) Dinheiro. Muito dinheiro.”

(Nota no mangá)

 

“Quando eu conseguia cozinhar direito, meu pai ficava muito feliz.”

*Haruhi Fujioka)

 

Haruhi se espanta com o jeito espalhafatoso e sarcástico dos seis rapazes e ao pretender se retirar, derruba um vaso valioso e adquire uma dívida de oito milhões de yenes. Com isso acaba tendo de trabalhar para o Host Club e conviver com as maluquices do presidente Tanaki “sujeito sensível a críticas que, quando se sente depressivo, fica acocorado a um canto), do vice Kioka, que usa óculos, dos irmãos Hikaru e Kaoru Hitachiin, além de Mitsukuni e Takashi. Eles vivem num mundo de frivolidades, recebendo garotas ricas em recepções e elas logo polarizam Haruhi com seu jeito maduro e gentil. Só por acaso o integrantes do Host Club descobrem que Haruhi é uma garota, mas deixam passar.

A história segue num ritmo confuso que não passa de uma sucessão de “gags” meio sem pé nem cabeça e difíceis de comentar por sua irrelevância. A elogiar porém o recato da história, que não rola para libertinagens estudantis e baixarias.

 

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2022.