O ELO PERDIDO episódio 9: o destino dos Sleestaks

O ELO PERDIDO episódio 9: o destino dos Sleestaks

Miguel Carqueija

 

“O elo perdido” (na verdade “A terra perdida”) com seus mistérios (que podem até ter influenciado a série adulta “Lost”) tenta passar valores, embora falte o da religião (a não ser a religião animista dos “sleestaks” com seu misterioso “deus” que é um ser no fundo de um poço nevoento na cidade abandonada, que nunca é visto embora se ouçam seus grunhidos). Mas há boas mensagens morais e filosóficas sobre amor, amizade e lealdade.

O trio principal — Rick Marshall e seus filhos Will e Holly — perdido naquela estranha dimensão e vivendo perto de dinossauros, às vezes bisbilhota o que não deve. E também nem sempre estão juntos, o que é uma temeridade. No episódio 9 Rick e Will vão bisbilhotar na cidade-fantasma dos sleestaks, deixando Holly, uma criança de 12 anos, sozinha na caverna. Ela se distrai um pouco com o filhote de brontossauro Dopey mas enquanto isso, como era de esperar, Will e Rick metem-se em encrencas.

 

Resenha do episódio 9 (primeira temporada) do seriado de televisão "O elo perdido" (Land of the lost), “O buraco” (The hole). Crofft Productions, EUA, 1974-1976. Criação e produção dos irmãos Sid e Marty Crofft. Direção: Dennis Steinmetz. Roteiro: Nina Sturgeon. Desenhista de caracteres: Wah Chang. Animação: Peter Kleinow, Gene Warren Jr. e Harry Walton. Música: Jimmie Haskell. Tema: Linda Laurie, M. Jimmie Haskell. Fotografia: Tom Lindner. Produção executiva: Albert J. Tenzer. Co-criação: Allan Foshko.

 

Elenco:

Rick Marshall............. Spencer Milligan

Holly Marshall............ Kathy Coleman

Will Marshall.............. Wesley Eure

S’latch...................... Ralph James



“Chamamos isto de irmandade. É algo que todos os seres vivos deviam ter como parte da vida.”

(Rick Marshall)

 

“Em tudo existe um pouco de bondade, filho. Tudo o que você deve fazer é procurá-la.”

(Rick Marshall)

 

Tendo caído no poço Rick é ajudado por um sleestak que, como o Enik do passado, tem inteligência e até sabe falar inglês. Chama-se S’latch e foi deixado pelos seus próprios irmãos de raça como sacrifício para o ser misterioso que lá habita e quer sempre devorar alguém quando tem fome. Ele não está visível mas nas proximidades.

S’latch explica a Rick porque, afinal, os sleestaks mostram-se hostis: estão defendendo o seu território, a única coisa que eles têm ou que lhes resta. E a própria alossaura que Rick chama de Alice para os sleestaks é a Salema, uma espécie de guardiã da cidade perdida, que ela está sempre patrulhando.

Por essa explicação, os sleestaks não são tão ruins quanto parecem.

 

Rio de Janeiro, 23 e 24 de novembro de 2021.