Tropa de Elite 2: um soco na sociedade

Tropa de Elite 2: um soco na sociedade

Enquanto o primeiro filme foi mais ação, o segundo filme foi mais político e o Capitão Nascimento do primeiro filme, agora está mais maduro e agora é Coronel. Ao entrar na secretaria de segurança do Rio de Janeiro ele está no coração da corrupção policial e política, mas só se dar conta disso no final do filme, ele é um, se posso chamar assim: um “inocente útil”. Quem ler isso acha que eu estou sendo alienado de chamar um oficial do B.O.P.E. (Batalhão de Operações Policiais Especiais) de inocente. De inocente ele não tem nada, mas só nesse aspecto de servir a máquina, ao sistema e alimentar sua corrupção sem saber, é nesse aspecto que ele é inocente útil. Por isso o slogan do filme é: o inimigo agora é outro. O inimigo anda de terno e gravata. O interessante é que a máquina, o sistema, necessita desses “inocentes útil” para passar uma boa imagem para a sociedade, para passar uma imagem que as coisas estão sendo encaminhadas, que estão sendo caminhadas para a solução final. Esse sistema como existe e é grave no Rio de Janeiro tem que ser destruído para que nasça o novo. A semente só se tornará uma árvore grande e frutífera se morrer. A mudança tem que começar na esfera política, com uma reforma política. A democracia não é um estado de governo ideal por que a democracia é o governo da maioria e a maioria não sabe o que é melhor para si e nem para o todo.

Como diz no filme, algumas pessoas veem a guerra como uma válvula de escape, e é baseado nisso que o Coronel Nascimento agi com força total. A duas maneiras de transformar a sociedade são: a curto prazo através da guerra, e a longo prazo através da educação. Através da educação se mostrou mais eficaz durante a história da humanidade. Mas em alguns momentos da história da humanidade a guerra também foi eficaz como Alexandre Magno, O Grande, com suas campanhas militares e conquistou quase todo mundo conhecido onde ocorreu um grande intercâmbio cultural respeitando as culturas locais, a propagação da cultura grega interligando com as culturas locais. Isso chamou-se de cultura helênica ou helenismo. Antes de Alexandre O Grande, existiam reinos e tribos, depois, um império. Na antiguidade era fácil entender por que muitos povos eram voltados para a guerra, como os espartanos, mas hoje isso está meio confuso. O caminho de hoje tem que ser o da educação. Em geral, a educação é mais eficaz do que a guerra. Voltando ao filme, espero que se acontecer um terceiro filme, que mostre esses dois caminhos de mudança: da guerra e da educação, com o caminho da educação prevalecendo sobre o caminho da guerra.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Victor da Silva Pinheiro III
Enviado por Victor da Silva Pinheiro III em 21/11/2017
Reeditado em 25/11/2017
Código do texto: T6178324
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