Procurando Dory - #02 Resenha Crítica

Depois do excelente Divertida Mente e o medíocre O Bom Dinossauro, ambos uma história original, a Pixar nos entrega uma continuação com Procurando Dory. Ao longo do tempo a mesma vem produzindo obras primas como: trilogia Toy Story, Vida de Inseto, Monstros S.A... Porém, ao passar dos anos os erros foram aparecendo: Carros, Carros 2, Valente e até mesmo o superestimado Up, que com uma máscara emocionante conseguiu ludibriar a falta de um roteiro melhor explorado e personagens secundários péssimos; Procurando Dory acaba tornando-se parte do seleto grupo de erros para esquecer.

Depois dos eventos de Procurando Nemo, curiosamente, Dory descobre que tem uma família (pois é, DESCOBRE) e após algumas lembranças aparecerem do nada, a peixinha azul, Marlin e Nemo embarcam numa aventura em que têm de cruzar o oceano em busca de peixes desaparecidos, pera aí já vi isso antes... Ah sim, em PROCURANDO NEMO. O que podemos tirar de positivo da direção de Andrew e Angus são os planos abertos em que Dory fica extremamente sozinha e insegura sobre sua doença, fazendo uma reviravolta muito perspicaz, já que no longa anterior o mesmo tratava a doença como algo engraçado, e aqui é dado como algo ruim e depressivo; essas tomadas abertas mostrando o isolamento da mesma que se perde entre azul do seu corpo com o do oceano mostra exatamente seu vazio interior por esquecer algo que ama de verdade.

Já o roteiro de Andrew e Victoria cisma em querer repetir exatamente a fórmula do primeiro filme: a viagem com as tartarugas; Dory falando baleiês; um personagem secundário extremamente chato, mas por algum motivo acham que a chatice desse polvo é engraçada. Sem contar que em cada parte dessa trajetória somos apresentados a um novo problema e uma solução igual em todas: Dory lembra pra onde tem de ir todas as vezes que chega a algum lugar que lembrou anteriormente e isso acontece sucessivamente até o clímax, onde é feito de forma totalmente aleatória tendo de esperar alguns segundos pra perceber que é verdade e não apenas uma alucinação da personagem título.

A nostalgia por ver velhos personagens do qual adoramos conta bastante, eliminando vários problemas de apresentação e dando um bom ritmo. O longa adora se vangloriar do ótimo design de arte que minuciosamente compôs cada detalhe do oceano de uma forma muito realista, bonita e magicamente encantadora; onde temos a sensação que sermos transportados para dentro do oceano junto com aquelas belas criaturas que encontramos pelo caminho.

Por fim, Procurando Dory serve como um bom passatempo caso você goste muito de Procurando Nemo, mas seu roteiro repetitivo com piadas forçadas e humor físico, onde personagens esbarram em tudo que tem pela frente, faz desse longa um desastre. Sorte da Dory que vai esquecer.

Nota 2/5.

Willpsk
Enviado por Willpsk em 15/07/2016
Reeditado em 16/07/2016
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