HOMEM DE FERRO III

UMA RESENHA

O HOMEM DE FERRO III é um filme para adultos fãs do personagem, não se presta a ganhar novos fãs se tiverem menos de 6 anos. Então, posto isso, posso dizer com segurança que trata-se do melhor filme da trilogia e são muitos os adjetivos. Alguns inesperados como sensual já que o ator Robert Downey Jr faz questão de rebolar sobre uma espécie de mesa como sex symbol irônico, cínico eleva a temperatura como que se preparasse para a investida do MANDARIM. A trama não trás nada de novo: ciência aplicada na produção de armas químicas criando terror a partir da frustração de um único homem. O filme é violento não só pelas sequências de luta para lá de eletrizadas mas, e isso é subliminar, pelo discurso “colorido de natal” da luta entre o bem e o mal aqui subvertido: precisamos criar o mal (terrorismo) para controlar os dois lados da produção da guerra e do poder político. Em tempos de possíveis guerras na Síria vemos um homem de ferro disposto a abandonar a alucinação que o poder confere. Em dois momentos do filme o tema “loucura” é abordado e o tempo todo a grande ameaça para Tony Stark são os surtos de ansiedade – ele não dorme nunca! Um outro elemento de linguagem usado nesse filme, e que o torna mais “realista”, é o fato da sequência anterior não ser abandonada, o tempo todo a “loucura” de descobrir que existe vida fora da Terra e que a Terra foi invadida por alienígenas (Thor e a cambada toda de Asgard) dá ao espectador a impressão verossimilhança, de que TUDO É VERDADE – e seguimos com os personagens acreditando que o MANDARIM-BIN LADEN existe... Moderno e atual porque fala dos meus problemas e dos seus problemas diluídos numa atmosfera de conspiração e intriga internacional... será? Não deixem de observar a cena em que Stark encontra o “MANDARIM” ele bebe refrigerante lada que sugere ser coca cola e assistindo futebol (não dá pra ignorar que o filme foi feito para bilhões de pessoas assistirem) - inclusive seus filhos de 2 anos que vão pedir o boneco, que está em todas as lojas.