Um sonho possível
Indicado ao Oscar como Melhor Filme, deu a Sandra Bullock o Oscar de melhor atriz, além de outros prêmios na mesma categoria. É um filme bem recente, 2009. O nome original é Blind Side, é baseado no livro Blind Side:Evolution of a Game, de Michael Lewis e conta a história verdadeira de Michael Oher. Entre outras curiosidades descobri que o papel que Sandra interpretou foi recusado por Júlia Roberts e o filme, acabou superando a marca de Uma linda mulher, com a Roberts, como o filme mais rentável, estrelado por uma mulher. São ossos de um ofício extremamente rendoso porque Julia recusou-se a trabalhar para receber os cinco milhões de dólares que foram parar nos bolsos da Sandra.
Uma família perfeita, sonho que não acredito ser muito possível:Mãe e Pai, ricos, bonitos e bem sucedidos: Sandra Bullock (Leight Anne), Tim McGraw (Sean) e os filhotes : a adolescente Lily Collins(Collins), o pirralho Jae Head (Sean Jr). Nunca em minha vida vi coisa igual: Eles se amavam e se respeitavam. Apoiavam-se uns nos outros e eram felizes. Leight certamente era a locomotiva que conduzia todos para o melhor dos mundos e ninguém a contestava, mas não porque ela fosse mandona – a família toda se comportava como parceiros de uma caminhada.
E o resto – que na verdade não era resto coisa nenhuma, membros de um mesmo grupo: Ray Mckinnon, o treinador daquele jogo maluco que chamam de futebol lá nas terras do norte e Kathy Bates, a professora, Miss Sue.
E ele, o grandão, o gigante negro Big Mike que originou essa história típica de lá, das terras do norte, onde todo sonho é possível, interpretado por Quinton Aaron.
Tem gente que não gosta de saber a história do filme, acha que tira a graça. Eu não ligo, gosto de ter a maior quantidade de informações porque assim sendo consigo extrair do filme tudo de bom que ele tem. Um filme não é feito só da história, ele é feito de momentos que nos tocam, de cenas específicas, pequenos gestos, olhares, música.
Vejam só a história: o grandão, já fora da idade de ser adotado, vai parar naquela escola particular cristã, porque o treinador o viu encestando a bola com um de seus amiguinhos. E lá fica o menino, um peixe fora da água, um elefante entre ratinhos. A família que o levou para lá o acolhe de vez em quando, mas um dia ele ouve uma briga entre marido e mulher e descobre que não é bem vindo. Ele então sai perdido na noite fria. É então, que aquela outra família feliz o vê, caminhando solitário, sem agasalho, perdido na vida. A mulher nem pergunta, para o carro e após um ligeira conversa, cada um vai para o seu lado. Iam, porque ela volta, coloca-o dentro do carro e o leva para casa. E ninguém reclama. E a noite que era para ser única, se transforma em dia e o dia em noite, e assim sucessivamente e ele vai ficando. De repente ele já é da família, tem o seu quarto próprio, o seu carro e o quarteto feliz se transforma m um quinteto. O pai faz o que a mãe quer, sem discussão, os filhos adotam o novo irmão. Dá para acreditar em uma patricinha deixando de se assentar com as amigas para ficar em uma mesa só com o novo irmão? E quando ele começa a se destacar naquele esporte maluco, o pirralhinho é que se transforma em seu negociador junto as Universidades.
Fiquei com inveja? Claro que fiquei. Deu vontade de ser Sandra Bullock, ou melhor, a personagem que ela representa. Um ser humano da mais fina sensibilidade e coragem.Vale a pena ver? Claro que vale. E se não fui muito convincente, é só das uma pesquisada no Google e ver as fotos incríveis. Pai e mãe assistindo os jogos do
Filhão, o Filhão e o Filhinho assentados na Cantina da Escola um com sua bandejinha e o outro com seu bandejão, a mãe lendo um livro de histórias para os três filhos, antes deles dormirem, mãe e filhão caminhando juntos, de costas...Certamente vendo esse filme a gente se diverte e ainda de quebra, aprende...E fica morrendo de inveja.
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