Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas
Nunca as comédias brasileiras tiveram tanto sucesso de público quanto em 2009. Se eu Fosse Você, A Mulher Invisível e Divã levaram milhões de brasileiros às salas de cinema do Oiapoque ao Chuí. Produtos cinematográficos de enorme sucesso, embora como cinema não sejam tão consistentes assim.
Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas é o mais novo longa-metragem nacional do gênero que chega às telas cercado de grande expectativa por parte do grande público e grande ceticismo por aqueles que acompanham a sétima arte com um olhar mais crítico.
A história gira em torno da busca de Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernando Torre) por uma mulher que tope fazer um ménage à trois com eles para apimentar a relação já desgastada.
Esta sequência é bem superior ao primeiro filme que se arrasta durante as duas horas de projeção. José Alvarenga consegue dar um bom ritmo à narrativa, embora não consiga sair do terreno da previsibilidade crônica. As participações de Cláudia Raia, Daniele Suzuki, Danielle Winits e Drica Moraes pouco acrescentam à narrativa.
O filme cumpre o seu papel inicial e fundamental que é o de divertir, embora utilize de formas e piadas já consagradas e utilizadas à exaustão no seriado de tv. O longa-metragem parece uma compilação de episódios da minissérie com a inserção da comédia pastelão em alguns momentos que não convence e enfraquece o produto final.
As piadas com forte conatação sexual funcionam na maioria das vezes, embora em algumas oportunidades elas soem demasiadamente ofensivas, gratuitas e sem graça e acabam destoando das outras, o que dá uma nítida sensação de desconforto nos espectadores.
A dupla Rui e Vani que se notabilizou pela sintonia, por ótimas atuações e um texto afinado dá a impressão que não está nos seus melhores dias. A atuação de Fernanda Torres é, de certa forma, caricata e a sintonia de outrora não é percebida.
Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas peca pela previsibilidade e atuações não tão inspiradas, mas o texto dinâmico e criativo de Fernanda Young e Alexandre Machado vale o ingresso e diverte, tornando o longa-metragem superior às produções nacionais recentes do gênero.
Nota: 6,5
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