Incrível como as coisas são: um dia você é uma mulher no auge de sua juventude, sua loucura, sua saúde; Noutro você é diagnosticada com uma espécie rara de câncer – inoperável e sem prognósticos de tratamento tão cedo.
Sei que parece um tanto extremista o relatado, mas foi exatamente isto que aconteceu com Kriss Carr em 2003. O que para muitos seria um aval para o desespero, para ela foi um impulso. Investida esta que resultou no irreverente documentário “Crazy Sexy Cancer” – título nacional: Com Câncer e Ainda Sexy.
O documentário mostra a luta, a procura por respostas, pela cura tradicional e alternativa e, principalmente, a vida conquistada durante este processo. Repleto de criatividade e força, como sua idealizadora, o filme é extremamente positivo, demonstrando com uma sensibilidade particular o ponto de vista dos pacientes com os malfadados tumores.
Uma das coisas que mais me tocou durante o caminho que Kriss trilhava – e ainda trilha – foi a instabilidade emocional. Sim, ela estava relativamente bem naquele momento. E no próximo, estaria? O sentir dela variou da raiva a culpa – Seria ela a culpada por sua condição? Seu estilo de vida? A água que bebeu? – Por instantes viu-se presa naquela sentença que a impossibilitaria de ter um relacionamento – Quem iria querer um produto danificado? – Nesta angústia que se permitiu provar, jamais deixou que a sensação de impotência dominasse a sua busca.
E aos poucos, no meio daquela insanidade toda, fez amigos, experimentou novos sabores, defrontou com seu lado mais espiritual, acabou amando, sendo amada e até casando. O câncer, por fim, não foi uma sentença de morte, mas sim de vida! O maldito, como ela mesma demonstrou, nada mais foi do que a alavanca que sua existência precisava.
Divagando comigo, enquanto deliciava-me com a magnitude daquela mulher, senti uma pontada de inveja. Não pelo que ela estava passando, mas pelo resultado de tudo isto. Afinal, quantas pessoas realmente permitem-se viver – no amplo sentido da palavra? Viver sem temer a morte, enfrentando-a. Viver aproveitando os detalhes da jornada, não aguardando seu desfecho. Quantas pessoas são capazes disto? O tema é mais do que batido, quase um sinônimo para clichê, eu sei. Todavia, ao vê-la transformar seu mal num bem maior, foi inevitável questionar-me sobre o tão falado “Carpe Diem”.
Só posso dizer que: Não espere o destino dar uma virada louca em seu cotidiano para então vivê-lo. Porque esta virada pode acabar abatendo-lhe muito antes do que o imaginado.
Vale a pena conferir:
* Site do filme: Crazy Sexy Cancer
* Campanha de Prevenção ao Câncer de Mama: Mulher Consciente
Sei que parece um tanto extremista o relatado, mas foi exatamente isto que aconteceu com Kriss Carr em 2003. O que para muitos seria um aval para o desespero, para ela foi um impulso. Investida esta que resultou no irreverente documentário “Crazy Sexy Cancer” – título nacional: Com Câncer e Ainda Sexy.
O documentário mostra a luta, a procura por respostas, pela cura tradicional e alternativa e, principalmente, a vida conquistada durante este processo. Repleto de criatividade e força, como sua idealizadora, o filme é extremamente positivo, demonstrando com uma sensibilidade particular o ponto de vista dos pacientes com os malfadados tumores.
Uma das coisas que mais me tocou durante o caminho que Kriss trilhava – e ainda trilha – foi a instabilidade emocional. Sim, ela estava relativamente bem naquele momento. E no próximo, estaria? O sentir dela variou da raiva a culpa – Seria ela a culpada por sua condição? Seu estilo de vida? A água que bebeu? – Por instantes viu-se presa naquela sentença que a impossibilitaria de ter um relacionamento – Quem iria querer um produto danificado? – Nesta angústia que se permitiu provar, jamais deixou que a sensação de impotência dominasse a sua busca.
E aos poucos, no meio daquela insanidade toda, fez amigos, experimentou novos sabores, defrontou com seu lado mais espiritual, acabou amando, sendo amada e até casando. O câncer, por fim, não foi uma sentença de morte, mas sim de vida! O maldito, como ela mesma demonstrou, nada mais foi do que a alavanca que sua existência precisava.
Divagando comigo, enquanto deliciava-me com a magnitude daquela mulher, senti uma pontada de inveja. Não pelo que ela estava passando, mas pelo resultado de tudo isto. Afinal, quantas pessoas realmente permitem-se viver – no amplo sentido da palavra? Viver sem temer a morte, enfrentando-a. Viver aproveitando os detalhes da jornada, não aguardando seu desfecho. Quantas pessoas são capazes disto? O tema é mais do que batido, quase um sinônimo para clichê, eu sei. Todavia, ao vê-la transformar seu mal num bem maior, foi inevitável questionar-me sobre o tão falado “Carpe Diem”.
Só posso dizer que: Não espere o destino dar uma virada louca em seu cotidiano para então vivê-lo. Porque esta virada pode acabar abatendo-lhe muito antes do que o imaginado.
Vale a pena conferir:
* Site do filme: Crazy Sexy Cancer
* Campanha de Prevenção ao Câncer de Mama: Mulher Consciente