X volume 4: o dilema de Kamui
Resenha do volume 4 do mangá "X" do grupo CLAMP: Kyougo X Monou. Editora JBC, São Paulo-SP, sem data. Editora Kadokawa Shoten, Tóquio, Japão, 1993. Tradução de Luiz Octavio M. Kobayashi. História e roteiro: Nanase Okahwa. Desenho: Mokona Apapa. Assistente de arte: Satsuki Igarashi. Ilustração de capa: Mokona Apapa. "Design" do livro: Nanase Okahwa.
"X" carrega no esoterismo (com certeza bem oriental), com traços claramente hindus, embora a história se passe no Japão. No volume 4 tornam-se bem nítidos os contrastes entre os personagens, como o caráter desconfiado e agressivo de Kamui, que à menor suspeita parte para a agressão, inclusive da vidente Hiroto, por não lhe dizer toda a verdade. Kamui tem dois futuros possíveis: aliar-se aos "sete dragões do céu" ou aos "sete dragões da terra". Estes últimos, com os "sete anjos", estavam se aprontando para destruir a Terra a partir da destruição das barreiras de Tóquio, cidade que seria a pedra angular do mundo. E somente os dragões do Céu com os "sete selos" poderiam enfrentar os dragões da Terra com os "sete anjos". Ou seja, Kamui poderia salvar a Terra ou destrui-la.
"A flecha que anuncia o fim do mundo foi lançada."
(Fuuma Monou)
"Mesmo entre os caras que manjam dos lados mais obscuros do Japão são poucos os que conhecem sobre os 'magami'".
(Sorata Arisugawa)
"Afinal de contas, ela é "a princesa que contempla os sonhos". A pessoa que controla das sombras a política do Japão."
(Sorata Arisugawa, sobre Hinoto)
"Tóquio totalmente desertificada."
(Kamui)
"Os terremotos de magnitude cinco que estão acontecendo com frequência nesses dias não passam de um prenuncio de uma catástrofe maior."
(Princesa Hinoto)
"Você tem dois futuros."
(Kanoe para Kamui)
Apesar da história ser interessante ela é um tanto pesada por causa do excesso de coisas exorbitantes como o domínio do esoterismo na trama. O próprio governo japonês está envolvido até o pescoço nesse esoterismo, a ponto de elementos importantes da política terem ligação com pessoas conhecidas como "magamis", que podem se oferecer como vítimas e morrer no lugar de tais políticos. E por que, afinal, os tais "dragões da Terra" haveriam de querer destruir o planeta? Anotando ainda que Sorata Arisugawa, mesmo sendo um dos "sete selos", representa uma espécie de "alívio cômico" com seu jeito descontraído e até "bon vivant", sabendo de muita coisa mas sem saber de tudo e tentando ajudar e orientar Kamui apesar da má vontade deste.
Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2022.
Resenha do volume 4 do mangá "X" do grupo CLAMP: Kyougo X Monou. Editora JBC, São Paulo-SP, sem data. Editora Kadokawa Shoten, Tóquio, Japão, 1993. Tradução de Luiz Octavio M. Kobayashi. História e roteiro: Nanase Okahwa. Desenho: Mokona Apapa. Assistente de arte: Satsuki Igarashi. Ilustração de capa: Mokona Apapa. "Design" do livro: Nanase Okahwa.
"X" carrega no esoterismo (com certeza bem oriental), com traços claramente hindus, embora a história se passe no Japão. No volume 4 tornam-se bem nítidos os contrastes entre os personagens, como o caráter desconfiado e agressivo de Kamui, que à menor suspeita parte para a agressão, inclusive da vidente Hiroto, por não lhe dizer toda a verdade. Kamui tem dois futuros possíveis: aliar-se aos "sete dragões do céu" ou aos "sete dragões da terra". Estes últimos, com os "sete anjos", estavam se aprontando para destruir a Terra a partir da destruição das barreiras de Tóquio, cidade que seria a pedra angular do mundo. E somente os dragões do Céu com os "sete selos" poderiam enfrentar os dragões da Terra com os "sete anjos". Ou seja, Kamui poderia salvar a Terra ou destrui-la.
"A flecha que anuncia o fim do mundo foi lançada."
(Fuuma Monou)
"Mesmo entre os caras que manjam dos lados mais obscuros do Japão são poucos os que conhecem sobre os 'magami'".
(Sorata Arisugawa)
"Afinal de contas, ela é "a princesa que contempla os sonhos". A pessoa que controla das sombras a política do Japão."
(Sorata Arisugawa, sobre Hinoto)
"Tóquio totalmente desertificada."
(Kamui)
"Os terremotos de magnitude cinco que estão acontecendo com frequência nesses dias não passam de um prenuncio de uma catástrofe maior."
(Princesa Hinoto)
"Você tem dois futuros."
(Kanoe para Kamui)
Apesar da história ser interessante ela é um tanto pesada por causa do excesso de coisas exorbitantes como o domínio do esoterismo na trama. O próprio governo japonês está envolvido até o pescoço nesse esoterismo, a ponto de elementos importantes da política terem ligação com pessoas conhecidas como "magamis", que podem se oferecer como vítimas e morrer no lugar de tais políticos. E por que, afinal, os tais "dragões da Terra" haveriam de querer destruir o planeta? Anotando ainda que Sorata Arisugawa, mesmo sendo um dos "sete selos", representa uma espécie de "alívio cômico" com seu jeito descontraído e até "bon vivant", sabendo de muita coisa mas sem saber de tudo e tentando ajudar e orientar Kamui apesar da má vontade deste.
Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2022.