Os Lusíadas, de Luís de Camões Texto-base: CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas de Luís Camões. Direção Literária Dr. Álvaro Júlio da Costa Pimpão.
Os Lusíadas, de Luís de Camões
Texto-base:
CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas de Luís Camões. Direção Literária Dr. Álvaro Júlio da Costa Pimpão.
Texto proveniente de:
A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
FCCN - Fundação para a Computação Científica Nacional (http://www.fccn.pt)
IBL - Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro (http://www.ibl.pt)
Disponível em: http://web.rccn.net/camoes/camoes/index.html
Agradecimentos especiais à Dra. Maria Teresa Perdigão Costa Bettencourt d'Ávila, herdeira do Dr. Álvaro Júlio da Costa Pimpão
(responsável pela direção literária da obra-base), que gentilmente autorizou-nos a publicação desta obra.
Este material pode ser redistribuído livremente, desde que não seja alterado, e que as informações acima sejam mantidas. Para maiores
informações, escreva para <bibvirt@futuro.usp.br>.
Estamos em busca de patrocinadores e voluntários para nos ajudar a man ter este projeto. Se você quer ajudar de alguma forma, mande
um e-mail para <bibvirt@futuro.usp.br> e saiba como isso é possível.
OS LUSÍADAS
Luís de Camões
Canto I
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,