Gestão Estratégica de Pessoas e Suas Relevâncias (Resenha Temática)
No mundo dinâmico e tecnológico que vivemos hoje, o contato humano e a valorização da pessoa está cada vez mais crescente no âmbito organizacional moderno. Os textos aqui abordados discorrem sobre a Gestão de Pessoas e alguns fundamentos estratégicos usados para aprimorar o contato entre empresa-funcionário.
Em Gestão Estratégica de Pessoas, o autor Gilnei Mourão Teixeira, especialista em administração pública, juntamente com os autores Aristeu Coelho da Silveira, Carlos Pinheiro dos Santos Bastos Neto e Gercina Alves de Oliveira, mestres em administração pública, relatam que, em princípio, a gestão estratégica tem como foco assegurar as organizações, com um senso de organização e continuidade em longo prazo, portanto, fixa-se no potencial futuro de desempenho organizacional. Nesse modelo de gestão, há um processo contínuo em tomada de decisões, que acarretarão na evolução ou regressão na gestão de pessoas. Os autores ainda definem três grandes níveis hierárquicos: gestão estratégica corporativa, gestão estratégica de unidades de negócio e gestão estratégica de áreas ou processos funcionais. Nessa linha, as decisões maiores vão orientando as menores. Há também no texto o relato sobre abordagem extrapolativa e determinística e abordagem prospectiva e probabilística. Na primeira, adere-se à metodologia de previsões tradicionais, como extrapolação de tendências verificadas no passado pelas aplicações de análises séries temporais. Por isso, os autores elencam as características para fazer essa primeira abordagem, são elas: visão segmentada e isolada da realidade; adoção de um conceito restrito de objetividade e precisão; explicação ou determinação do futuro pelo passado e uso exclusivo ou predominante de métodos e modelos do tipo econométrico e determinístico. Na segunda abordagem, há uma reflexão sistêmica que visa orientar a ação presente à luz dos futuros possíveis. A análise das estratégias deve ser feita no ambiente externo e interno; uma amplia a sensibilidade do conjunto de pessoas envolvidas na gestão estratégica da organização em relação ao seu mundo exterior, aumentando sua aptidão em alavancar oportunidades que vão surgir e também prevenir, com antecedência, as ameaças emergentes; na outra é preciso analisar características internas, como identificar pontos fortes e fracos hierárquicos e as principais causas das forças e fraquezas. Após isso é efetuar uma avaliação do desempenho da organização segundo critérios preestabelecidos. Para concluir, ainda citam a metodologia balanced scorecard, que direciona a organização para seu sucesso no futuro, definindo os objetivos a atingir e medindo o desempenho em quatro processos: aprendizagem e crescimento; cliente; financeiro e estratégia de empresa, com indicadores financeiros e não-financeiros.
Para William Ervedeira Maillaro, pós-graduado em desenvolvimento de pessoas, deve haver na gestão estratégica de pessoas uma vantagem competitiva, onde as estratégias não podem se resumir apenas em ideias de liderança e/ou diferenciação no enfoque. Tem de ter também uma perpetuação de capital. Para William, ainda, a gestão de pessoas na sua visão estratégica não pode ser definida em pontual e nem temporal. O gestor deve definir as competências organizacionais de cada função e colaborador, havendo um plano de treinamento para que todos se adaptem e criem capacitação para o plano estratégico. Depois do treinamento, há de se fazer um diagnóstico da real situação da empresa, analisando o ambiente empresarial em quatro macro-fatores: relacionamento e comunicação; processos de gestão, cultura organizacional e processos de identificação com a organização. Depois, fazer um plano de ação que vise à melhoria qualitativa e quantitativa dos fatores avaliados, logo após, fazer uma avaliação por competência, definindo quem é o que na instituição. Por fim, estipular um prazo para fazer novamente um diagnóstico, a fim de medir os resultados obtidos e, se necessário, realinhar os objetivos da companhia.
Ficou claro que é de suma importância, ao gerir pessoas, definir estratégias que refletirão tanto na organização, como em seus funcionários. Fazendo uma associação ao ambiente escolar, foco do curso Gestão Educacional, os pontos estratégicos sugeridos são de grande valia, pois é muito possível realizá-los, basta o gestor educacional agir como profissional interessado em melhorar o espaço de todos, definidos os níveis hierárquicos, ou seja, professor agindo como professor, coordenador agindo como coordenador e etc., direcionando responsabilidades a cada um, melhorando, assim, o fluxo. A questão da comunicação é um dos pontos altos da estratégia de gestão de pessoas, pois fazendo com que todos fiquem em contato, tem como não perder informações e agilizar processos comuns do dia a dia. Outro fator importante é a respeito da relação com a organização; quando se sabe se o outro está ou não satisfeito, fica mais fácil identificar os possíveis pontos fracos da instituição, eliminando-os futuramente. Falando nisso, os textos são felizes quando dizem da eficácia de um plano visando o futuro, diagnosticando hoje a situação da empresa (escola), para traçar metas de recuperação; aliás, quando se traçam metas, a margem de erro cai, já que elas servem, entre outras coisas, para alinhar padrões a serem seguidos. Para finalizar, um plano estratégico conciso deve ser composto, talvez como base, assim: diagnóstico dos pontos forte e fracos; processo de reeducação na comunicação coletiva; relacionamento organizacional; metas a atingir, treinamento de pessoas e avaliação do processo. A partir desses fatores, é só destrinchá-los e formar subgrupos estratégicos, que deverão ser definidos de acordo com cada instituição. O importante acima de tudo é saber a hora certa de reformular o pensamento organizacional e prestar atenção em seus colaboradores, ouvindo-os, pois só com a ajuda deles a gestão de pessoas funcionará antes de qualquer estratégia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MAILLARO, William Ervedeira. Artigo Gestão Estratégica de Pessoas. 2008. Disponível em: <http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Artigo/5157/gestao-estrategica-de-pessoas.html>. Acessado em: 22/08/2011;
NETO, Carlos Pinheiro dos Santos Bastos; OLIVEIRA, Gercina Alves de; SILVEIRA, Aristeu Coelho; TEIXEIRA, Gilnei Mourão. Gestão Estratégica de Pessoas. 2ª Edição. Editora FGV: RJ. 2010.
William Alves de Assis, pós-graduando do curso Gestão Educacional, do Centro Universitário Anhanguera.