Um jeito de ler Llansol
"Minha pátria é a língua portuguesa" (B. Soares)
"O meu país não é a minha língua, mas levá-la-ei para aquele que encontrar". (M.G. Llansol, "Um falcão no punho")
Na leitura de Llansol, a língua não transita na posse, mas na possibilidade de transmiti-la, de fazê-la também do outro e compartilhá-la.
Não importa o espaço físico em si; importa principalmente encontrar aquele que, juntamente com ela, possa alargar pensamentos. É uma troca. Um tem a dizer aquilo que o outro quer ouvir; e ela só o fará quando perceber a perfeita sintonia - a mesma língua. Que não entendo somente sons emitidos da boca, mas, também como cada movimento, sensações, que possibilitem aflorar pensamentos. E este encontro se dá na universlização da linguagem.
Uma língua sem fronteiras: "A língua está a alargá-se. Eu direi então, que é uma língua de terra estranha, longínqua (...) o que eu tinha dentro de mim era uma outra língua portuguesa" (Llansol, em entrevista com Lúcia Castello Branco).