SUA MALCRIADA
(Sócrates Di Lima)


A saudade me pega,
Esfrega...
Não me obedece.
Eu falo,
O dedo estalo.,
Grito,
Resmungo,
"cafungo",
E ela, nem ai comigo.
Meu coração exclama!
Que mal criação!
Saudade sem jeito,
Não vai embora do peito,
Nem ameaçando,
Arrancar o coração.
Enfurecido!
Nem tanto...
Mas, me espanto,
Com tanta saudade dela,
Mas, sei que ela,
Também tem saudade minha,
E esta ausência,
Com paciência.,
Caminha...
Dentro das minhas veias,
Parece teias.,
Se alastram,
Toma conta de tudo,
Não é absurdo,
Pois, é uma saudade boa,
Apesar de tudo,
E não é atoa,
Que soa,
Feito um tambor,
Saudade é amor,
Na distância,
Mas, a obediência,
É boa e eu gosto,
Não chega a ser desgosto,
Porque esta saudade,
Que toda hora me invade,
Não chega a ser malvada,
Mas, é uma saudade emancipada,
E eu impaciente,
Acharia indolente,
Mas, sobretudo,
Não tem como ficar sisudo,
E penso que Basilissa também, pensa assim,
E esta saudade toma conta de mim.
Com insistência,
Por essa distância,
E com ironia,
Tomada pela alegria,
Olho para a saudade e ela arredia,
Não chega a ser castigo,
Mas, não quero fazer nada,
Apenas por esta saudade não obedecer eu digo,
Sua  malcriada!!!



27/09/2010 10:29 - Basilissa
Saudade malcirada que chega em disparada , e faz o coração passar por cada cilada ... Gosto e dou risada desta danada da saudade malcriada. Adoreiii ! rs/ delicia de ler ,Sócrates. Parabéns!


Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 27/09/2010
Reeditado em 27/09/2010
Código do texto: T2523013
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