Sobre racismos, colorismos...

Os albinos são uns dos grupos que mais sofrem preconceito de cor ou colorismo. Genuíno colorismo, diga-se.

Já o preconceito (generalização pejorativa) em relação aos negros, não acontece só por terem a pele escura ou o cabelo crespo, mas principalmente por causa de certos comportamentos que são mais comuns neste grupo (não necessariamente praticados pela maioria), por exemplo, uma tendência para a falta de respeito básico com o outro. Portanto, não é apenas ou especialmente por causa da cor da pele ou, de maneira geral, por características físicas diferentes, que as pessoas acabam construindo preconceitos em relação aos grupos com as quais se deparam ao longo da vida.

Também não é porque o asiático tem a pele mais "amarelada" ou os olhos puxados, mas principalmente por causa de certos comportamentos reprováveis, que são mais comuns de serem praticados por indivíduos do extremo oriente, por exemplo, a crueldade com animais não-humanos, que consegue ser ainda pior por lá, se comparada com o que acontece em outras regiões, como no mundo ocidental.

Não é porque os judeus tendem a ter narizes grandes e os brancos a pele mais clara e, sim, porque ambos são os principais culpados (sim, os judeus também!!) por uma série de problemas graves, de impacto global, que ameaçam, desde as suas (patéticas) tentativas de desenvolvimento e gerência responsável da civilização humana, até à própria continuidade da vida na Terra: da destruição do meio ambiente (por lucros) aos múltiplos conflitos interpessoais que têm intoxicado os nossos cotidianos, ambos gerados por ideologias não-filosóficas (desequilibradas), criadas e fanaticamente defendidas por esses dois, que oprimem, exploram, alienam e incitam discórdias; do igualitarismo multicultural ao nazismo, do suposto comunismo ao capitalismo, sem falar das ''religiões' monoteístas...

Se é possível perceber que são correlações, ainda é notável a existência de tendências de comportamentos racionalmente reprováveis, assim como também os "positivos", e que não podem ser sumariamente desconsideradas, se são fontes de conhecimento, mesmo que mais superficial, sobre os grupos humanos.

Por isso é sempre importante diferenciar aparência de comportamento, para que se possa fazer um julgamento mais justo. Se a beleza não é sinal de caráter ou inteligência, tal como ter a pele escura não é sinal ou causal a certos tipos de comportamentos, ainda que seja correlato; se a pele escura não tem efeitos orgânicos diretos sobre a falta de educação básica ou empatia de muitos negros, que talvez não possa ser unicamente atribuída à "falta de oportunidades" ou de não terem tido uma "educação de qualidade" (qualquer um que já frequentou escola pública no Brasil sabe que não é bem assim), ainda se consiste em uma correlação interseccional, por não ser apenas paralelismo ou coincidência. Aceitar estereótipos como variavelmente válidos, alguns mais e outros menos, lhes dar as medidas certas do quão precisos aos fatos eles estão e de nunca atribuí-los totalmente ao fenótipo físico, porque isso, sim, seria realmente racismo, neste sentido mais próximo ao colorismo.

Ainda assim, quando falamos em termos de correlação interseccional, também falamos de variação sobre o quão próximo de uma causalidade pode estar uma relação entre duas ou mais variáveis. Portanto, existem casos em que haverá uma relação quase causal entre aparência física e comportamento mas que, na verdade, continua a ser uma correlação . Por exemplo, homens mais fisicamente "viris" e certos tipos de comportamentos. Aí o papel dos hormônios, tanto no aspecto físico quanto no mental, parece ser muito importante. No entanto, é falacioso dizer que, ser mais musculoso torne alguém mais agressivo, como se os músculos estivessem tendo um efeito direto no comportamento, se o que realmente acontece aí é de ambos serem efeitos de uma mesma causa, os hormônios. Se "mesmo" uma constituição física mais forte ainda não é causal a comportamentos agressivos, imagine, então, cor da pele ou tamanho do nariz??

Mais um Thiago
Enviado por Mais um Thiago em 16/04/2021
Reeditado em 29/09/2022
Código do texto: T7233332
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