Império Draconor

EPISÓDIO ZERO

Espécie: Draconitianos

Planeta: Aelnor

Império: Draconor

Draconites de escamas vermelhas, ancestrais imperadores, bestas do céu e da terra, cujo porte colossal de 20 metros causa terror e espanto àqueles que os vêem, seja por sorte ou azar do destino. O corpo de um Draconor é banhado por um tom de sangue vívido, fazendo com que a sobreposição de suas escamas exala uma aura forte e vibrante, capaz de altear seu tamanho e até mesmo pintar os céus de vermelho sangrento. Intimidação. Medo. Pavor. Inferioridade. Impotência. Estes são sentimentos e sensações incontroláveis à terceiros quando se põem frente ao imponente Draconor.

Entre as entranhas de milenares vulcões ativos, um ovo escarlate de 1 metro de altura, com um brilho incandescente e solitário, aguarda seu momento para ser eclodido. Envolto em magma, cujas temperaturas escalam de 700 a 1.200ºC, e apenas assim, tem-se o cenário ideal para o nascimento desta exuberante espécie. Suas crias vêm ao mundo famintos e sedentos por sangue. Desde já, em seus primeiros minutos de vida, sua natureza predadora os permite dilacerar quaisquer das espécies mais selvagens de Aelnor.

Um corpo massivo se desenvolve por volta do quinto ciclo de vida, e por viverem estritamente ainda dentro vulcão, seu organismo é capaz de filtrar variados tipos de gases, como dióxido de enxofre (SO2); Ácido sulfídrico (H2S), Ácido clorídrico (HCl); Ácido fluorídrico (HF); Ácido sulfúrico (H2SO4) e Radônio (Rn). Esta espécie adquire a capacidade de causar uma reação química em seu corpo, expelindo um gás em alta densidade, ardente e corrosivo, em tez avermelhada, tendo assim o poder para conquistar tudo sob a terra. No décimo terceiro ciclo de idade, os Draconors trocam suas escamas, suas asas até então atrofiadas e escondidas sob as primeiras escamas, finalmente se libertam, em imensas asas que cobre todo o torso, sendo erguidas por enormes pontes de puro músculo e escamas. E assim conquistando também o céu.

Os Draconors são seres essencialmente territoriais, vivem sozinhos, e apenas se encontram naturalmente nas noites de luas vermelhas para se acasalarem. Este é o único momento em que um contato com outro da mesma espécie é estabelecido de maneira consensual, mas não se enganem, a bestilialidade e a animalescência da espécie também é perceptível durante o ato reprodutivo. Em outros encontros, quando um Draconor invade o território de outro, uma batalha aterradora é travada, florestas terminam em cinzas, vidas... carbonizadas.

A decadência destes imperiosos Draconianos chega ao seu limiar com os avanços tecnológicos das outras variantes da espécie, em um lugar que o poder físico não é capaz de subjugar uma razão que domina o medo.

Foi o rio que me disse
Enviado por Foi o rio que me disse em 12/03/2021
Reeditado em 22/03/2021
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