A NOITE

Ela chegou sem ser convidada, não a queria naquele momento.

Com sua escura solidão que enchia o peito de angústia,nem todos podiam apreciar a calma que acompanhante a seguia. Como um sopro suave de vento insinuava-se pela folhagem verdejante, pelas montanhas, pelos rios desejosos do oceano, sem culpa seguia o destino, que dela fez o medo de alguns,descanso de outros. Um silêncio palpável, quebrado apenas pela imaginação de quem o inexistente enxerga.

O prateado brilhante do alto vigiava o domínio celestial, enquanto o astro-rei para mais um espetáculo se preparava, horas infinitas ao espectador constante que a aurora a ansiedade exigia.

A escuridão que a mente envolvia, insana a tornava em devaneios fantasmagóricos, fechar os olhos como um refugio, ou abri-los para o destino incerto.

E ela, desapercebida reinava absoluta, aos amantes passageira, aos atormentados perpétua.

Então como veio, assim se escondera da luz, que seus raios lançava por sobre as alcovas, despertando à vida a nova jornada.