A precariedade do setor científico brasileiro e a "Fuga de Cérebros"

O Brasil está sofrendo com a falta de investimentos no setor de desenvolvimento para pesquisas técnico-científicas, esse fato possui uma ligação histórica ao denominado “Período Colonial”, aonde o Brasil, por conter terras férteis e extremamente produtivas, foi considerado o berço das técnicas agropastoris, após o sucesso de produção, ocorreu determinado “Ócio científico”, onde a chegada de novas tecnologias não era vista como prioridade, fator esse que demonstra hoje, ser um dos principais problemas da política pública.

Devido sua localização geográfica, o território brasileiro sempre conteve determinado conforto econômico em relação ao setor primário, deste modo, praticamente todos os investimentos são realizados em áreas agrícolas, tornando outras extensões de pesquisas, tão importante quanto a agricultura, incapazes de obterem resultados extremamente positivos em relação a visibilidade global.

O apoio financeiro para a tecnologia sempre foi sucinto, diante da crise atual, fica ainda mais visível o nível de precariedade nas áreas de pesquisas. A principal consequência desse fato, está na denominada “Fuga de cérebros”, onde cientistas preferem buscar por melhores oportunidades de emprego, principalmente em pátrias internacionais, como aconteceu com o pesquisador Eduardo Farias Sanches, de 39 anos Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que atualmente reside na Suíça. Segundo ele esse movimento migratório é apenas um dos obstáculos enfrentados na política brasileira.

Entre todos os aspectos, não é possível afirmar que o Brasil nunca terá sucesso em âmbito científico, um exemplo disso, é a notória participação de brasileiros na criação de peças exportadas e utilizadas em áreas da medicina em diversos países europeus. Com isso, é necessário que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações apresente melhores condições para trabalhadores brasileiros, aperfeiçoando seus laboratórios e ferramentas. Além disso, o Ministério da Educação deve incentivar alunos a seguirem o ramo científico, fornecendo fácil acesso ao estudo e fortificando o mercado brasileiro.

Arthur Sehnem
Enviado por Arthur Sehnem em 12/05/2020
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