Lavar as mãos ou lavar a alma?
“Como última análise, devemos amar para não adoecer” citou Sigmund Freud como uma de suas inúmeras frases de caráter sábio. E como olhar para os dias de hoje, com um povo histérico em meio á uma pandemia, e não recordar do rei da psicanálise que propriamente nos apresentou ao que contempla de fato a histeria. Contudo, como evitar que sintomas como tremores e taquicardia se tornem mais comuns quando um vírus ameaça a vida de famílias por todo o globo terrestre?
Na década de 1980 houve o surto epidêmico da Aids que hoje, segundo o site Mundo Educação acumula 35 milhões de mortes. Entretanto, é chamativo o modo como a população, ignorante a situação e aos meios de propagação da doença, reagiu preconceituosamente aos infectados – em maiorias homossexuais – em consequência de uma precária base de informações que deveriam partir de forma efetiva para toda a população por meios de comunicação. O que aponta uma falha dos líderes em manter seu povo consciente e calmo.
Sem dúvida Freud estava certo em apontar o amor como prevenção ao adoecimento, certamente referindo-se ao adoecer emocional. E com uma pandemia sem previsão de término trancando cada um em sua casa, torna-se mais propício as crises de ansiedade por medo do que virá a seguir. Por sorte, a atualidade tecnológica nos permite estar atualizado e bem informado sobre o que está acontecendo, embora não evite a histeria coletiva. Ao passo que, não se trata apenas de transferir a mensagem e sim do que é transferido.
Visto que o medo do contágio pode causar perturbação em grande escala, seria apropriado usar o tempo em quarentena para aliviar a mente e cultivar o amor próprio para assim não se tornar doente em psicológico. Com o intuito de auxiliar esse feito, a grande mídia como rádios e televisões deveriam propor-se de mais programas voltados á saúde mental como práticas de meditação e ioga igualmente informando á todos os benefícios de cuidar de si. Afinal, cuidar também é uma forma de amar, e o amor pode sim ser uma cura.