Um Dia Talvez

Um Dia Talvez

Meu nome é Marcelo, tenho 21 anos. Moro em São Paulo, Capital. Sou somente mais um jovem genérico de classe média com problemas mundanos e fúteis. Agora me pergunto, por que está a ler isso? Por curiosidade, interesse, tédio? Bom, não importa o motivo, mas saiba que esse livro foi feito por alguém com visões pessimistas e negativas sobre esse mundo que vivemos.

Tudo começa quando eu era criança, aos 9 anos minha mãe sempre foi muito rígida e estressada, sempre cobrando a mim, e me influenciando cada vez mais e mais. Foi assim que eu cresci, rodeado de pessoas de “sucesso “e estudiosas, onde a família do meu pai era totalmente ao contrário, não havia ninguém com curso superior, nem nada do tipo. Isso mesmo, não contei, mas aposto que já descobriram, minha mãe e meu pai são separados. Não minto, sempre tive tudo o que eu queria e acho que por isso caminhei minha adolescência inteira como um mimado, não se engane, minha vida não é e nunca foi perfeita.

Sempre tive minha vida como um desperdício de tempo, provavelmente tive depressão ao longo da minha vida, nunca queria sair de casa, não gostava de socializar com outras pessoas, e por algum motivo sinto um ódio repentino sobretudo, culpava as pessoas por tudo de ruim que acontecia na minha vida. Principalmente no colégio, eu odiava todos e tudo, sentia como se todos tivessem me atrasando ou me perturbando, só queria ficar sozinho sem ninguém para me incomodar.

Em um momento na minha vida, comecei a perder a empatia pelas pessoas, tratá-las como objetos descartáveis, cheguei a um momento em que não conseguia mais dizer a verdade, sempre dizia tudo o que as pessoas queriam ouvir.

Felipe Lyra
Enviado por Felipe Lyra em 14/03/2020
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