RELEMBRANDO O CIRCO
Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2018.
Nas décadas passadas, quatro ou cinco delas, uma das maiores e melhores diversões da gurizada era o Circo. E eles funcionavam de forma mambembe, mais acentuadamente que nos dias atuais. Um tempo num lugar, depois noutros, e por aí afora. Assim é que duas ou três vezes num ano, eles ocupavam um certo terreno vazio que havia em nossas redondezas.
Claro que como guri, adolescente, gostava dele, também. Mas não tinha condições financeiras de entrar para assistir
um espetáculo. Então, como fazia amizade com um outro guri, sobrinho de uma pessoa que trabalhava no circo, arrumei de vender doces num tabuleiro para quem estava assistindo aos mesmos. E fiz isso em diversas oportunidades. Assim, ganhava um dinheirinho e ainda assistia a tudo.
Um circo naquela época era coisa muito simples, sem os luxos e aparatos dos que ainda existem hoje. Seu pessoal vivia de forma simples e em condições quase que sofríveis. Mas o importante para eles era levar a arte até às pessoas. E esse instinto, pelo menos, existe até os dias de hoje, com certeza. Mas em condições bem melhores das de então.
Um espetáculo circense possui uma leveza extraordinária. Salvo apenas uma ou outra sacanagem que um palhaço faz com um colega no decorrer da apresentação. Mesmo assim isso faz parte da cena no picadeiro. E outras manobras feitas pelos equilibristas, por exemplo, requerem uma prática e um domínio bastante extenso em suas realizações.
A assistência vibra enormemente com tais espetáculos. E não há uma só criança que não fiqueenfeitiçada pelo que assiste ali.