Eleição na cara e coroa

ELEIÇÃO NA CARA E COROA
Miguel Carqueija

A rigor não existe nenhum candidato para as eleições que se aproxima, e em nenhum nível. Candidatura só existe depois que é registrada no tribunal eleitoral. Diz o velho ditado, apressado come cru. Vejam-se as especulações sobre Luciano Huck e Joaquim Barbosa. O primeiro desmentiu, o segundo desistiu.
As pré-candidaturas vão delineando um panorama, mas que ainda não é definitivo.
O que eu entendo é que é preciso evitar repetir os erros de antes. Nada de eleger gente da esquerda socialista (Lula, Boulos, Ciro Gomes), que arruinou o país nos governos Lula e Dilma, e nem da esquerda liberal (Geraldo Alkmin, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia), que nos arruinou nos governos FHC e Temer; e tampouco da direita reacionária (Bolsonaro) que nos impôs 21 anos de ditadura. Precisamos escolher gente do centro, que representa o equilíbrio, a sensatez. No momento só enxergo dois nomes: Marina Silva e José Maria Eymael, ambos muito bons.
A se confirmar o atual quadro pré-eleitoral, e como será difícil escolher entre Marina e Eymael, recorrerei à moedinha, na cara-e-coroa. Se der cara, voto na Marina Silva. Se der coroa, voto no Eymael. E se nenhum desses dois chegar ao segundo turno, anularei para não virar vampiro (não poder mais olhar no espelho).
Simples assim.

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2018.