Intolerância religiosa

Muito se tem discutido acerca da intolerância religiosa no Brasil, em especial na Bahia onde o sincretismo religioso é muito forte. Sobre os aspectos que contribuem para as divergências encontram-se o radicalismo por parte de alguns e a ideia de a religião do outro não ser a verdadeira.

O Brasil, conforme expresso na Constituição, é um país laico e isso assegura a todos o direito de escolher a forma de culto que melhor lhes apraz para manifestar a sua fé. É, portanto, um ato de brutalidade a atitude por parte de muitos indivíduos que deixam as suas convicções religiosas, filosóficas ou mesmo o fanatismo se sobreporem aos valores éticos e morais. O confronto de ideias é necessário para a construção do conhecimento, isso é inegável, mas que ocorra dentro de um respeito mútuo.

Um ponto que também precisa ser analisado é o que diz respeito ao comércio com que vêm se tornando alguns segmentos religiosos. Há absurdos que acontecem em nome da fé, como a exploração de seus membros através de vultosas ofertas. A principal preocupação de alguns líderes é ter templos gigantes e cada vez mais bonitos. Fica evidente, em alguns casos, que há por trás disso tudo uma competição entre cada denominação. Logo, isso proporciona o acirramento de ânimo, as difamações.

Diante disso, faz-se necessário que cada cidadão reveja seus conceitos. Como a pretensão dessas pessoas é morar no mesmo lugar (o céu), a convivência pacífica é vital. É importante que os princípios que balizam uma sociedade equilibrada sejam trabalhados de modo que as pessoas se respeitem e se façam ser respeitadas.

ERALDO CUNHA
Enviado por ERALDO CUNHA em 02/08/2017
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