Por que o Brasil não consegue vencer o aedes aegypiti?
Em meio ao caos político-econômico em que o Brasil vive o mosquito aedes aegypiti aparece como um vilão, agindo silenciosamente, mas deixando marcas muitas vezes irreversíveis. Será que está na hora das pessoas colocarem como pauta principal esse problema, que está atingindo diretamente milhares de pessoas e pode estar associado ao caso de nascimento de crianças com microcefalia?
Questões sociais não podem ser deixadas de lado, sejam elas quais forem. Entretanto casos que envolvem saúde pública devem ser prioridades. No segundo semestre de 2015 surgiram novos surtos de doenças transmitidas pelo mesmo mosquito transmissor da dengue. As vítimas que se mostraram mais frágeis foram as mulheres grávidas e por consequência seus bebes ainda em desenvolvimento.
Esse problema que por si só é de grande vulto ficou mais grave, pois perdeu lugar para a conjuntura política que o país passa com escândalos envolvendo autoridades e empresários de nossa nação. A corrupção tem sido o caso de maior repercussão entre os brasileiros e não o transmissor que está matando pessoas.
Somente atitudes poderão vencer essa guerra contra o mosquito. Para isso as atenções devem estar voltadas prioritariamente para esse caso. Tais ações devem partir não só do governo de qualquer das três esferas, mas também de cada cidadão brasileiro que é responsável pela limpeza de seus quintais e dos cuidados com a prevenção, como uso de repelentes por exemplo. Se a população tratar o aedes aegypiti com tanta repercussão como as disponibilizadas aos casos de corrupção o mosquito se tornará efetivamente um problema de secundário.