In English, please!
A língua inglesa chegou para ficar. E edificar? Vamos avaliar. Você hoje não vai mais a uma liquidação - naturalmente, puxado pela musa de plantão. Vai a uma sale. E os preços? Estão 50% off. Valem mais que um verso, uma estrofe!
E a pizza então, essa italiana gostosa, que está conosco desde os tempos de César - o Ladeira, antigo apresentador da Rádio Nacional. E hoje, querendo ficar em casa, basta você fazer uma order - um pedido pelo zapzap, que a pizzaria delivers (entrega, pontualmente, e ainda bem quente). Não está lá na porta delas todo escancarado o anúncio: Delivery?
Na linguagem internética é que a língua abunda, eclética. Pra quê falar apagar, se você pode se deleitar, deitar e rolar, com o deletar? E os microfones das locuções televisivas e radiofônicas? Tem-se rotineiramente o cuidado de se os manter em off para se evitar os dissabores, implacáveis. Um descuido desses - mantido o microfone em on - custou a inabalável reputação e o cargo de um Ministro do Collor, diplomata de formação, e fervoroso cristão, o Ricupero, palaciano de plantão. O próprio Bóris, por também ter desprezado o off, com pouco pouco se complicaria. Uma vergonha, ou mera velhacaria?
E os nomes das edificações residenciais e comerciais? Agora quase já não se vê os outrora predominantes e pomposos títulos franceses, tipo Maison, Ville, Chateau...tudo se americanizou.
Indo ao cinema, nem trema, há dublagem sem problema, mas no fundo, no fundo, se estadosunidosou o cinemático mundo. Tente procurar onde estão exibindo una película mexicana, um filme europeu, ou mesmo japonês. Em locadora? Só dá Chuck Norris ou ainda mais folia da porra...scum, in English, please...