AS VÁRIAS FACES DA ÁFRICA

Falar do continente africano é enveredar por um mar de diversidades, nos mais diferentes sentidos, onde alguns até arriscam em falar de várias “Áfricas”, pois seja do ponto de vista de paisagens, seja pelas características socioculturais, econômicas e sanitárias, este continente apresenta gigantesca diversidade em seu vasto território. Por isso este continente é considerado um dos maiores, se não o maior bolsão humano do mundo.

No que se refere às paisagens africanas muito tem a se falar, desde o aspecto natural que comporta florestas úmidas (sendo a segunda maior floresta úmida do mundo, na região da bacia do rio Congo) ao maior deserto quente do mundo. Da mesma forma que em indicadores humanos também se faz notar esta diversidade, partindo de países como a Serra Leoa que está entre um dos piores indicadores humanos, a África do Sul que comporta indicadores de países emergentes.

A cultura é outro baluarte da África onde será possível encontra no extremo norte traços de nações milenares como a egípcia e os grandes impérios as pequenas tribos sem governo centralizado em um soberano ou soberanos. Neste aspecto também se destaca a denominada África do Norte, com traços predominantemente islâmicos atuais e a África Subsaariana, com grande diversidade contendo em seu bojo inclusive grande parte da cultura tribal já citada. As condições sanitárias são um ponto, assim como as socioeconômicas, gritante em grande parte do continente. Uma vez que por ter sido colonizada com um único intuito de exploração, das mais variadas formas e maneiras nos últimos cinco séculos, deixaram marcas complexas nestas áreas, difíceis de ser contornadas, haja vista ainda hoje as milhares de vítimas anuais mortas pelo vírus HIV, ou por doenças seculares como a malária e a dengue. Mas neste aspecto nem tudo é pessimismo segundo Mário Frasson do site Observatório da África, que afirma:

“O novo afro-otimismo não é mais uma bravata desconexa do contexto local, há motivos numéricos para crer na melhora. Números estes que abrangem uma grande gama de informações: queda do grau de infecção pelo HIV, aumento no PIB, diminuição da miséria, queda da mortalidade infantil, aumento de empregos, aumento da alfabetização etc. Salvo exceções como Somália, Guiné-Bissau e Mali, por toda África sinais desta ordem vão sendo emitidos em meio ao sonhado Renascimento Africano.” (Frasson, 2012).

Portanto, ao pensar na África nada mais justo que visualizar um continente plenamente humano. Sim humano, pois apesar das diferentes realidades o que se ver é brotar de experiências humanas que não cessam nas mais diferentes formas, valores, prestígio, ideologias e organização. Também pensar na África é vislumbrar um continente extremamente natural, pois a diversidade da natureza não é equiparada á nenhuma outra parte do planeta. Esta é a África, um continente diverso mais ao mesmo tempo uno.

Referências:

Alberto Costa e Silva: África. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=39Uy7vHcgbs Acesso em: 13/09/2014.

Alberto Costa e Silva fala sobre a história da África além dos documentos oficiais. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=sZ_XvPiaPfI Acesso em: 12/09/2014.

As maiores Florestas do Mundo. Disponível: http://melhoresmaiores.com.br/71/as-maiores-florestas-do-mundo Acesso em: 13/09/2014.

Disponível: http://www.pordentrodaafrica.com/ Acesso em: 13/09/2014.

FRASSON, Mário. Números em África ou Tragédia dos Erros: cautelas necessárias sobre a África contemporânea. Publicado em: 05/07/2012. Disponível: http://observatoriodaafrica.wordpress.com/tag/indicadores-sociais/ Acesso em: 13/09/2014.

FILHO, P. T. M.; CARVALHO, J. A. R de. Geografia Regional do Mundo. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE e Universidade Aberta do Brasil – UAB. Recife: IFPE – UAB, 2013. Págs. 11 – 25.

Viajando aos extremos – Etiópia: vale do Rio Omo. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=d7szvAEZO-Y Acesso em: 12/09/2014.

Viajando aos extremos – Quênia: Massai Mara e El Karana. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=Il9yFHQAhKY Acesso em: 12/09/2014.

Ildebrand Gutemberg
Enviado por Ildebrand Gutemberg em 01/10/2014
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