Quem é que vai saber?
Quem sabe um dia desses, eu te leve para Paris, te amarre pela cintura uma corda, e puxe-te até o ponto mais alto da Torre Eifel para ver as luzes da cidade quando anoitecer. Quem sabe um dia desses, eu te ponha nos ombros, saia correndo até o Havaí, faça-te um colar de flores e puxe-te para dançar enquanto o sol brilha. Quem sabe um dia desses, visto-te um roupão, prenda-te o cabelo, e leve-te para a China fingindo ser uma falsa Chinesa andando sobre sapatinhos de madeira e comendo com aqueles pauzinhos, que, particularmente, eu sempre soube que você quis aprender a usar. Quem sabe um dia desses, eu te presenteie com uma roupa de mergulho e um cilindro de oxigênio e te leve para conhecer o mar, e, quem sabe lá você encontre seu castelo, minha pequena sereia. Ou, se preferir, quem sabe um dia desses, eu te leve para NY, para ouvir o som do barulho, a cidade que nunca se silencia, e ouvir-te implorando para voltar. Então, quem sabe um dia desses, eu te leve para um quarto e faça-te uma serenata particular, vendo você, vestida com minha camisa, que, incrivelmente fica mais bonita em você do que em qualquer outro lugar, nas mãos uma caneca com café puro, e no rosto, um sorriso que só você sabe dar. Quem sabe, então, você se apaixone por mim, e descobre que eu sempre fui apaixonado por você. Quem sabe, eu te peça em namoro, e sem saber o que esta fazendo, você aceite. Quem sabe, eu te ponha num foguete, e levo-te para conhecer a lua. Dou-lhe um pedaço, e você me diz se tem mesmo sabor de queijo. Quem sabe, eu possa ir correndo até Saturno, e fazer, dois dos seus anéis, nossas alianças. Quem sabe um dia, a gente possa voltar para terra, comprar um cachorro, ter dois filhos, e envelhecer juntos. Quem sabe um dia, eles encontrem alguém que os complete, como encontrei você, e nos dê netos. Quem sabe, a gente sente na cadeira de balanço feita de madeira, e conte para eles tudo que já fizemos juntos até chegarmos onde estamos. Quem sabe, eles pensem que é um conto de fadas. Quem sabe, eles levem a nossa história, até um dia, cairmos nas páginas de um livro qualquer, e sejamos considerados lenda. Quem sabe.