Transgênicos: Alta Produção x Alto Custo
Ultimamente, muito tem se falado na questão do uso de produtos transgênicos, os quais são, por definição, organismos geneticamente modificados, atribuindo-lhes características de outro determinado organismo, características que jamais lhes seriam atribuídas naturalmente.
Através do uso da engenharia genética, fabricantes de agroquímicos criam sementes resistentes a seus próprios agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas inseticidas. As empresas ganham com isso, mas nós pagamos um preço alto: riscos à nossa saúde e ao ambiente onde vivemos.
O modelo agrícola baseado na utilização de sementes transgênicas é um caminho insustentável para pequenos e médios agricultores, de forma que geralmente essas sementes são mais caras e muitas delas são estéreis, obrigando o produtor a comprá-las a cada safra.
Com essa técnica de sementes transgênicas, grandes empresas e transnacionais têm visto nesses produtos, uma forma de aumentar a produção, o lucro, diminuir a concorrência, e de certa forma monopolizar o mercado.
O uso de transgênicos representa um alto risco de perda de biodiversidade, tanto pelo aumento no uso de agroquímicos (que tem efeitos sobre a vida no solo e ao redor das lavouras), quanto pela contaminação de sementes naturais por transgênicas.
Hoje em dia, consumimos diversos produtos a base de transgênicos, produzidos para durar mais, resistir a agrotóxicos e até para matar insetos. No entanto, ao contrário do que se imagina, não são feitos testes de médio e longo prazo, em cobaias e em seres humanos, e geralmente tais testes são repudiados pelas empresas de transgênicos.
Em 2003, um decreto foi publicado, obrigando a rotulagem e identificação de produtos transgênicos pelos produtores e empresas de alimentos, porém até hoje, diversas empresas ainda não cumprem tal decreto. Algumas possíveis soluções para esse problema seria a proibição de aprovações de novas culturas transgênicas, em especial aquelas que são a base da alimentação de nossa população, o aumento da fiscalização e a rotulagem de produtos transgênicos, para que assim saibamos o que realmente estamos comprando, e os ‘riscos’ que estaremos correndo com o consumo de determinado produto.
26 de Março de 2013.