A vida parou ou foi eu que parei...
Lendo o livro O Amanuense Belmiro de Cyro dos Anjos, deparo-me com um dos problemas mais latentes de nossa sociedade atual; o vazio, a falta de sentido na vida.
Como relata o livro, a nossa sociedade está repleta de seres que chegam a uma idade avançada sem ter feito nada de apreciável de suas vidas e acabam por perderem-se de si mesmos.
São pessoas que ficam tentando encontrar-se novamente em meio a sonhos não realizados, a frustrações doloridas e a dura realidade de uma vida triste e vazia, sem sentido...
Quantos ficam cotidianamente rememorando a infância e a adolescência em busca de explicações para o que não tem explicação que os satisfaçam.
Após a leitura passei a analisar mais atentamente certos conhecidos com um olhar mais profundo e descobri que milhares deles, após várias tentativas malogradas de se acharem novamente, acabam por desistir de tudo, de si mesmos, dos seus sonhos, de suas vidas e acabam por não realizar nada e se tornarem um peso, um fardo penoso para os que fazem parte de sua caminhada.
Se eu pudesse os faria a seguinte pergunta: A vida parou ou foi você que parou...? E também responderia gritando-lhes aos ouvidos surdos para a realidade, a vida nunca para, só quem para é você. E na verdade quem para já está morto.
A vida nunca perde o sentido, tampouco é vazia se quem esta no comando dela for crente. Crente de que tudo faz parte de um plano longo e positivo de realização divino-humano.
Assim como no livro de Cyro dos Anjos é de grande ajuda aos que perdem-se no caminho, liberar os sentimentos. Deixá-los vir a tona e vivenciá-los em sua mais intensa manifestação. Recordando-se da infância e da adolescência sempre como um tempo de erros e acertos que serão eternos ao longo do tempo que temos de vida neste plano, e que essas experiencias felizes ou não, serviram-nos de evolução, de crescimento. Foram ferramentas indispensáveis para termos chegado até onde já chegamos e que nos levará até onde temos que chegar.
A lição que '' O Amanuense Belmiro " me deixou foi a reflexão da frase: " A vida parou ou foi eu que parei..."