Tecendo a história pelo preconceito ao cor-de-rosa

Brasileiras no poder. Não falo apenas da presidenta mas também daquelas que lutaram pelos mais diversos motivos contra homens e leis. Indubitavelmente, a história deveria pedir perdão a algumas dessas heroínas, que foram massacradas e execradas da vida por produzirem hormônios mais intensamente. Queria eu poder ter a dádiva de conceder um filho ao mundo. Elas são as mestras de tudo. São mestras-de-obra. Mestras da história.

Retomando a Grécia Antiga, mulheres submissas. Na França, Joana D' Arc revolucionária. No Brasil, Olga Benário Prestes sendo presa grávida. Chile, Michele Bachelet comandando um país. Para quem achava que uma mulher estaria restrita a tarefas domésticas, elas chegaram às Olimpíadas, antes exclusiva a homens. Heroínas. Heroicas.

Apesar da diferença de uma para outra, há uma característica comum a todas: a luta. Zilda Arns morreu combatendo a fome em um país longínquo, onde vários outros não teriam coragem de ir. Uma fera escondida dentro de uma bela mulher. Interessante imaginar e perceber o potencial do batom e do sapato alto em reescrever os livros. Calando bocas, marginalizando o passado, enfrentando desafios. Sua arma é o olhar contra todo um poderio bélico. Flores versus canhões.

Não é mais o sexo frágil. Através dela a literatura contemplou o Modernismo. Enfrentar todos os períodos anteriores em apenas uma semana no Teatro Municipal de São Paulo com poemas e músicas: que audácia! Cecília Meireles, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral. Quadros e textos formaram um novo Brasil. Pergunto qual é a pintura mais famosa do mundo. Um homem? Não. O olhar de Monsalisa tem mais influência do que o armamento dos militares durante a ditadura. Parabéns por serem mulheres e obrigado por existirem. Vocês são a força propulsora, e pasmem, são o futuro do mundo. Quiçá um dia teremos uma revolução cor-de-rosa. Temos de ser cavalheiros e afirmar que vocês, mulheres, são o espelho para o progresso.

JGabriel Soares
Enviado por JGabriel Soares em 08/05/2011
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