A MOÇA DOS OLHOS TRISTES
Esmeralda, era esse o seu nome
Eu a conheci e fiquei encantado
Com tanta formosura
Uma beleza rara e admirável
Punha-me a olhá-la mesmo de longe e pensar
Como Deus tinha criado tão linda flor
Ao entardecer lá estava eu na janela da minha casa
À espera que ela passasse
As linhas puras do seu perfil arquejavam o meu coração
Tão jovem, alta e bela, de corpo escultural
Parecia leve igual a uma pluma, notava-se pelo seu andar
Pele clara como avelã, cabelos longos e loiros
Que a brisa fazia deslizar em sua face angelical
Tinha os olhos cor de mel e tristes como as profundezas do mar
Nariz afilado que nem moldura, incomparável
A sua boca carnuda realçava os lábios bem contornados
Que escondia a sua voz, parecia uma flor desabrochando
Mas como ouvi-la? Em sua elegância e simplicidade
A calça jeans e a camiseta de algodão, dão-me gosto e cobiça
De vê-la desnuda, ó linda e majestosa donzela.
O tempo ia passando e Esmeralda parecia ser única em si
Tão pura e modesta, mistério inefável, nunca mais eu a vi
Sossegai, esfriai olhos febris, mas Esmeralda jamais esqueci
(ESPERANÇA CASTRO VAZ) 08/04/2011.