Historieta: Amor na Net (Capitulo XXVIII)...

_ Eu já sei o que aconteceu! Disse Bruna.

E ainda sentada no colo de seu Antonio continuou:

_ Papai contou pra vocês que eu vou morrer, não é?

_ Todos nós vamos morrer algum dia meu bem! Disse Ludmila agachando-se ao lado de seu Antonio e olhando em seus olhinhos.

_ Talvez se eu for muito boazinha... Deus me deixe ficar um tempão com vocês, né?

_ É a gente que tem que ser muito bonzinho pra ficar muito tempo com você, não é verdade Ludmila?

_ Com certeza papai! Respondeu Ludmila.

_ Vocês são maravilhosos! Disse Bruna abraçando seu Antonio e Ludmila.

Thiago, dona Clarice, a tia e a mãe de Ludmila permaneciam de pé ouvindo a conversa e se esforçando pra não chorar.

_ Bruna você quer ser a florista e porta alianças no meu casamento com seu pai? Perguntou Ludmila.

_ Eu posso?!

_ Mas é claro! Se o seu pai concordar em casar comigo. Disse Ludmila olhando pra trás e se levantando.

_ Pai você concorda, né? Perguntou Bruna.

_ Mas é claro! E abraçando Ludmila diz baixinho em seu ouvido:

_ Só um louco não casaria com você! Parece que eu ainda não fiquei louco.

Thiago e Ludmila se beijaram e se abraçaram. E logo Bruna abraçou as pernas dos dois.

Nos dias que se seguiram Ludmila informou a escola, onde Bruna estava matriculada e no primeiro sinal de “bico” que a diretora fez, ela a lembrou da lei e que não mediria esforços para processá-la por discriminação e que sendo contra uma criança tudo se tornava mais grave ainda. Recado dado, tudo corria tranqüilo, Bruna tomava os coquetéis a cada três meses e reagia bem.

A loja foi inaugurada, Thiago começou a trabalhar, trouxe Léo para ajudá-lo, que não tardou a se apaixonar por Ana, a melhor amiga de Ludmila.

Finalmente chegou o dia do casamento, na fazenda com todas as pompas, durante o dia.

Em baixo das árvores foi feita uma decoração belíssima com flores do campo, os convidados estavam vestidos de acordo e as mulheres esbanjavam seus belos chapéus, o clima era ameno e a pequena Bruna apontou no tapete vermelho posto sobre a grama verdinha jogando pétalas de rosas multicoloridas.

No meio do caminho as pétalas acabaram e ela parou e disse:

_ E agora?

_ Tudo bem! Continua fazendo de conta que está jogando pétalas de amor, meu benzinho! Respondeu Ludmila.

E assim ela continuou tirando do pequeno cesto algo invisível aos olhos, mas totalmente visível aos corações sensíveis, pois ela estava espalhando amor.

Continua...