Historieta: Amor na Net (Capitulo VII)...
Durante a noite Ludmila sonhou com Thiago em uma praia deserta, abraços apertados, sentia uma emoção própria dos reencontros, ao despertar não se lembrava do que haviam conversado, mas sentia uma emoção diferente.
Thiago também sonhou com Ludmila apesar de não conseguir guardar-lhe a fisionomia, ele também despertou sentindo uma emoção diferente e estava ansioso para que a noite chegasse.
Assim que eles começaram a conversar a função invisível foi acionada e eles conversavam em particular.
_ Ludmila eu sonhei com você essa noite. Escreveu Thiago.
_ Nós estávamos em uma praia deserta, você vestia jeans e camisa azul clara?
_ Como sabe?
_ Porque tive o mesmo sonho. Escreveu Ludmila.
_ Não consigo me lembrar sobre o que conversamos, mas adorei o encontro...
_ Eu também! Isso é sinistro.
_ Minha tia diz que é um encontro entre espíritos amigos de muitas vidas...
_ Não me diga que você acredita nesse trem de macumbaria?
_ Macumbaria? Que ignorância é essa? Acaso sabes do que falas?
_ Não! Nunca participei disso!
_ Então não fales sobre o que não sabes. É preconceituoso apontar o dedo sobre aquilo que desconhecemos e, diga-se de passagem, que desconhecemos a quase tudo neste mundo...
_ Pelo jeito você conhece bem isso?
_ O Espiritismo?
_ É!
_ Bem! Não posso dizer que conheço, mas eu conheço seus benefícios...
_ Como assim?
_ Eu tinha uma doença que ninguém encontrava a cura, a verdade é que ninguém sabia o que era, um dia meu pai ouviu falar de um médium mineiro que incorporava um tal Dr. Bezerra de Menezes e lá fomos nós, e graças aquela conversa que tivemos lá, eu estou aqui e conversando com você...
_ Você acredita nisso?
_ Não! Eu sei que isso é verdade! Eu fiz exames até nos Estados Unidos e na Rússia. Você não me perguntou quais eram os idiomas que eu falava, pois é, eu falo russo e inglês.
_ Vamos mudar de assunto?
_ Ok! Sobre o que quer falar?
_ Qual é o seu nome completo?
_ Ludmila Müller, por quê?
_ Só pra saber.
_ Na verdade você está louco pra achar uma foto minha na NET, fala sério? E caretinhas com risos.
_ Pode ser! Tem algum problema? Perguntou Thiago.
_ Não!
_ Você bem que poderia facilitar minha vida, podia me enviar uma foto.
_ Por que eu faria isso? Não te conheço, você pode ser um maníaco... Muitas caretinhas risonhas.
_ Muito engraçadinha você! Eu não sou maníaco, nem psicotapa...
_ Não sei! Como diz o maior especialista em crimes no mundo psicopatas e maníacos parecem pessoas normais... E muitas caretinhas sérias e risonhas.
_ Como você sabe disso?
_ Serei uma futura advogada esqueceu?
_ É mesmo. E por falar nisso e os casos da igreja que você prometeu contar?
_ Tem um que é maravilhoso, tem uns 200 anos, é o caso de uma mulher que era agredida diariamente pelo esposo, um homem de posses, um dia ela fugiu, foi capturada e levada para a cadeia da igreja, onde foi cuidada e depois de um tempo se apresentou diante do Bispo que fazia então o papel de juiz. Ele então lhe dá duas opções: “voltar para casa e ser uma boa esposa, obediente e submissa; ou passar o resto da vida na prisão.”
_ É claro que ela escolheu o marido, não é?
_ Se fosse assim eu não teria me apaixonado por esse processo e seus detalhes.
_ O que ela fez? Pergunta Thiago ansioso.
_ Ela escolheu a cadeia. E lá viveu até sua morte.
_ Você está de brincadeira?
_ Não! Ela fez essa escolha.
_ Ela jogou uma vida fora e você concorda com isso?
_ Talvez se ela tivesse ficado ao lado daquele homem que a agredia ela tivesse jogado a eternidade fora, pois ela poderia no meio da noite jogar água fervente no ouvido do marido ou ter lhe dado um chazinho de uma planta venenosa, isso não seria pior que a prisão, não vale mais recebermos uma injustiça do que praticarmos uma?
_ Você é mesmo diferente, eu jamais pensaria assim!
_ Nunca diga jamais, pois na vida tudo é possível. E por falar nisso já estamos passando da hora combinada.
_ Mas já?
_ É o tempo costuma correr quando o papo é bom! Até amanhã!
_ Ludmila você poderia me dar o número do seu telefone?
_ É claro!
_ Mas você não acha mais que sou um psicopata?
_ Nunca achei, mas de repente posso ter um péssimo achomêtro! Caretinha risonhas.
Então ela digitou o número do telefone de seu quarto, sua linha particular e colocou os horários em que se encontraria naquele telefone.
Continua...