As peripécias de Ana (Capitulo I)...
Uma menina corria pela casa com seu vestido de flores, sapatilha nos pés e laços de fitas no cabelo e todos a ouviam dizer sua palavra preferida: _ Mamãe! Mamãe!
E a mãe pensava:
_ Senhor socorra-me, pois lá vem mais uma da minha menininha!
E suspirando dizia:
_ O que é que deseja minha filhinha?
_ De onde vem o ovo, mamãe?
_ D...
_ O ovo vem lá do mercado! Completou Ana interrompendo a mãe.
_ O que houve Aninha, o que quer realmente saber? Perguntou a mãe já intrigada com aquela pergunta.
_ É que a Ligia disse que o ovo vem da galinha, e eu disse que não, pois a senhora sempre traz ele nas caixinhas lá do mercado, não é?
A mãe sorriu e com paciência foi explicar tudinho bem direitinho.
E no outro dia cedo estava Aninha contando para os amiguinhos o que realmente acontecia.
Anos mais tarde lá estava Aninha com um novo dilema a tal língua estrangeira.
Ao ouvir de sua mãe que determinada pessoa falava numa língua diferente passou a imaginar como seria a língua dessa pessoa.
Já era noite quando Aninha se pôs a pensar sobre a língua do tal estrangeiro.
_ Meu Deus! Será ela verde ou azul?
_ Será ele um Et?
_ Será que sua língua é igual à de uma cobra?
E diante daquelas divagações adormeceu e sonhou com um homem de língua de cobra que ficava verde e que corria atrás dela e acordou aos berros.
Sua mãe deu boas risadas depois que compreendeu a razão daquele pesadelo e explicou tudo direitinho pra menina ficar calminha.
Ah! Aninha é uma festa desde menina.
Continua...