Historieta – Só amando (Capitulo XVIII)...

No enterro de Paulo, Claudia e o esposo vieram dar apoio à dona Petrolina e agradecer por tudo que ela havia feito por dona Julia e por Aninha.

_ Eu vou levar minha irmã comigo. Disse Claudia.

_ Não! Muito obrigada! Você merece começar seu casamento sem penetras, eu vou retornar a nossa casa e recomeçar.

_ Você nem ficou sabendo que vai ser tia?

_ Meu Deus! Mamãe iria adorar essa noticia. Disse Aninha abraçando a irmã.

Assim que tudo terminou, dona Petrolina pediu a Aninha para vir morar com ela dizendo:

_ Estou só, por favor, nem que seja apenas por um tempo, venha morar comigo?

_ Eu tenho uma proposta para lhe fazer, faça essa proposta para José.

_ Para José?!

_ Sim! A senhora vai ter a oportunidade de conhecer melhor a pessoa que seu filho mais amou.

_ Tudo bem! Mas você vem depois, certo?

_ Vamos ver. Disse Aninha sorrindo.

O tempo passou, dona Petrolina fez o convite e José aceitou depois de ouvir Aninha.

Aninha passou a trabalhar mais, e com o passar do tempo uma nova prova se abateu sobre ela, o cunhado com dificuldades financeiras na empresa solicitou a esposa a parte dela na casa da mãe e como a pensão passou para as mãos de Aninha que ainda era solteira, eles calcularam que ela tinha dinheiro para pagar a parte da irmã ficando com a casa inteirinha para ela, informada pelo cunhado da situação nem pestanejou em por a casa a venda.

_ Venha morar conosco? Pediu a irmã e o cunhado.

_ Não! Eu tenho pra onde ir. Não se preocupe comigo, eu estou bem!

Mas a partir daquele dia passou a ajudar a irmã financeiramente, extremamente econômica ajudava com uma boa soma mensal, e finalmente aceitou o convite de dona Petrolina.

E foi morar com dona Petrolina e José.

O café da manhã era animado, com todos sentados à mesa e dona Petrolina assumindo uma postura de mãe.

No serviço as pessoas já se esqueciam do tal noivado de José e Ana Clara.

Certa noite Aninha chegou e José estava sentado na sala olhando um velho álbum de fotos, ela percebeu quando ele enxugou uma lágrima.

_ Oi! Como vai você?

_ Bem! Sente-se aqui! E afastando-se um pouco abriu espaço no sofá de dois lugares.

Aninha sentou-se ao seu lado.

_ Onde você foi?

_ Ver minha irmã.

_ Você continua ajudando-a?

_ Sim! Mas acredito que logo meu cunhado vai fechar um contrato com o exército e então às coisas vão mudar.

_ Você falou pra ela que ela ficou com todo o dinheiro da casa? E sobre a pensão, você já falou que a pensão de seu pai é de apenas um quarto do valor daquilo que sua mãe recebia antes, você já falou isso para sua irmã?

_ Não! Nunca, não tem por quê?

_ E se acontecer algo com dona Petrolina e tivermos que sair daqui pra onde você vai?

_ Não sei, mas confio em Deus.

_ Você podia vir morar comigo?

_ Como assim? Não entendi?

_ Você não tem pra onde ir e eu tenho o apartamento que está alugando, mas é meu, ou melhor, é nosso...

_ Por que você está me perguntando isso?

_ Dona Petrolina está doente, eu vi uns exames parece que ela está com câncer...

_ O que?!

_ Por que ela não nos contou?

_ Não sei!

_ Precisamos ajudá-la! Onde os exames estavam?

_ Naquela gaveta ali! Por quê?

_ Amanhã eu conversarei com ela e direi que vi os exames e então veremos o que podemos fazer, vamos dormir?

_ Eu vou agorinha! Te amo Aninha...

_ Eu também! E voltando abraçou José.

Continua...