Historieta – Só amando (Capitulo XIII)...
Assim que José chegou em casa encontrou Paulo triste e então perguntou:
_ O que houve?
_ Minha mãe está doente e pede minha presença.
_ O que você vai fazer? Você não pode ir...
_ Mas eu preciso! É minha mãe!
_ E se ela não deixar você sair?
_ Eu fujo! Disse Paulo sorrindo.
_ Você promete?
_ Claro! E se eu demorar você chama a Ana Clara...
_ O que! Você está com ciúmes de novo?
_ Não! Eu só ia pedir para ela fazer o papel de minha namorada e então eu teria uma chance de sair, entendeu?
_ Não tem graça!
Paulo abraçou José e sorriu dizendo:
_ Eu volto logo!
O desespero tomou conta de José quando ele viu Paulo indo visitar a mãe.
Assim que ele entrou na mansão a mãe mandou reforçar a segurança e deu ordens expressas pra que ninguém entrasse ou saisse.
Depois de uma longa conversa e muita discussão Paulo percebeu que era uma armadilha e se viu encarcerado no 2º andar da casa.
No outro dia, José já estava desesperado e então buscou falar com Ana Clara em particular e lhe contou tudo.
_ Eu posso ir até lá?
_ Não! Pode ser perigoso.
_ Não! Ela vai desejar me ver e eu poderei conversar com ele em particular, você pode até escrever uma carta, eu entrego, mas agora, por favor, volte a trabalhar e melhore o seu rosto.
No outro dia Ana Clara batia no portão da mansão e tendo informando ao empregado quem era foi conduzida até a sala, onde dona Petrolina a recebeu com desconfiança.
_ Quem é você?
_ Sou Ana Clara a namorada de Paulo.
_ Como?
_ Não entendi senhora.
_ Quem é você?
_ Sou Ana Clara a namorada de Paulo, vim aqui, pois ele desapareceu. Vim pedir sua ajuda para encontrá-lo. E como estava muito nervosa começou a chorar.
_ Você é mesmo a namorada dele? Disse ela rodeando Ana Clara.
_ Sim senhora!
_ Ele está aqui!
_ Por que ele não me avisou? Deixou-me sofrendo! Disse ela sentando e chorando.
Dona Petrolina satisfeita com o que via mandou chamar Paulo, que assim que viu Ana Clara entendeu tudo.
_ O que fazes aqui? Perguntou ele.
_ Por que saiu de casa sem me avisar? Disse Ana demonstrando indignação.
_ Você não é minha dona! Disse Paulo.
_ Eu pensei que você gostasse de mim?
Paulo olhando para a mãe percebeu naquele olhar toda a contrariedade do rumo daquela conversa, então sentindo a pressão mudou de estratégia.
_ Me desculpe! Não tive a intenção de te fazer sofrer! E se aproximando segurou a mão de Ana Clara.
Isso foi como uma senha para que dona Petrolina deixasse-os a sós.
_ O que houve? Perguntou Ana Clara.
_ Ela me prendeu aqui.
_ E agora?
_ Não sei! Estou pensando, mas fico feliz de vê-la aqui.
_ Pensei que você fosse ser mais amigável, por que agiu assim?
_ Pensei que ela fosse embora logo, mas percebi que se não agisse de outra forma ela não nos deixaria a sós. Tudo bem?
_ Tudo! Você só me pegou de surpresa.
_ Você se saiu muito bem.
Ela sorriu e Paulo também.
_ Como está José?
_ Ele foi quem me pediu para vir aqui e te mandou uma carta.
_ Cuida dele pra mim? Por favor! Eu sei que você o ama, e sei que você só faz tudo isso porque o ama...
_ Não! Não!...
_ Tudo bem! Não precisa negar, eu não tenho mais ciúmes de você, porque sei que você o ama de verdade e que seu amor também se estende a mim.
Ana Clara chorou e Paulo a abraçou e sussurrou:
_ Muito obrigado!
Dona Petrolina entrou na sala e os viu abraçados e chorando.
Continua...