Historieta – Só amando (Capitulo VIII)...

Assim que José e Ana Clara saíram da sala do chefe, ele disse:

_ Desculpe-me pelo beijo que lhe dei lá dentro!

_ Tudo bem! Disse Ana Clara desconcertada.

_ Eu agradeço por tudo que está fazendo, você não tem idéia do quanto lhe somos gratos.

_ Tudo bem! Mas preciso ir ao toalete. Disse ela saindo quase que correndo.

Assim que entrou ao toalete, fechou a porta e deu vazão as suas emoções. Chorou muito e não conseguia esquecer o hálito de José quando roçou de leve os seus lábios, o coração comprimia, tudo doía, sentia-se arder em febre, orava, mas sem nexo, as palavras eram apenas balbuciadas, entrecortada pelos soluços sentido que agora produzia.

Alguém bateu a porta e isso a despertou.

Enquanto isso a pessoa era informada por um mensageiro pago que sua mãe lhe solicitava a presença em casa, pois ela se encontrava muito mal de saúde.

Dona Petrolina era uma mulher amargurada pela vida que levou. Ainda muito jovem desposou um belo homem com quem teve dois filhos, depois de 10 anos de casada descobriu que o marido a traia com outra e um dia num acesso de ciúmes em que discutia com o esposo sobre o caso quando este estava ao volante e num momento de fúria esmurrou-lhe o rosto, o que fez com que ele perdesse a direção e o carro então saiu da pista e despencou num barranco capotando várias vezes.

Ao acordar no hospital Petrolina descobriu-se viúva e com apenas um dos filhos vivos, pois a menina Angélica Maria havia morrido no acidente junto com o pai.

A partir daí passou a dirigir todo o seu afeto para seu outro filho e desejosa de vê-lo casar-se e constituir família de preferência numerosa, mas via esse sonho ameaçado por José.

_ Queria netos, tinha direito de tê-los, como seu único filho poderia lhe negar algo assim! Pensava ela enfurecida.

_ Eu darei um jeito! Disse suspirando fundo.

Continua...