Historieta – Só amando (Capitulo VII)...
Assim que chegou ao hospital viu José saindo pela porta que dava acesso ao estacionamento e então gritou:
_ José!
Ele a viu e parou.
_ Ainda bem que eu te encontrei aqui! Disse ela respirando fundo.
_ O que houve?
_ Você será demitido amanhã. Disse Ana Clara no momento exato em que aquela pessoa se aproximou.
_ O que? Perguntou a pessoa.
Então passou a narrar toda a história.
_ Você sabe quem está por trás disso? Perguntou José.
_ Minha mãe! Respondeu a pessoa entristecida.
_ Você não pode falar com ela, a final de contas é sua mãe? Perguntou Ana Clara.
_ Não! Foi à resposta de José.
Ana Clara queria perguntar por que, mas diante das lágrimas daquela pessoa, achou melhor se calar.
_ Você é realmente muito boa! Disse a pessoa a Ana Clara.
E aproximando-se pegou em suas mãos e segurou com força. Ana Clara sentiu pela primeira vez compaixão por aquela pessoa e disse:
_ Não posso imaginar o tamanho de vossas dores, mas se puder ajudar é só falar. Disse ela com lágrimas nos olhos.
José então a abraçou com força e a outra pessoa também.
Ana Clara amava tanto José que seria capaz de abrir mão dele para vê-lo feliz e faria o que pudesse.
Foi então que aquela pessoa sugeriu:
_ Ana Clara você aceita se passar por namorada de José?
_ Como?! Perguntou ela assustada.
_ É a única maneira! Disse a pessoa.
Ana deu um passo para trás que José interpretou como sendo nojo.
_ Não peça isso a ela... Disse José, mas fora interrompido por Ana Clara antes de completar a frase.
_ Aceito!
_ Como?! Perguntou José.
_ Se esse é o único meio de você manter o seu trabalho digno e acima de tudo fundamental a sua liberdade de escolha eu aceito.
_ Você é linda! Disse a pessoa.
Ana Clara sorriu envergonhada, pois o móvel maior de sua ação era o amor que sentia por José.
A pessoa então instruiu toda a ação. José estava apreensivo, Ana Clara nervosa e a outra pessoa enciumada, mas confiante que tudo daria certo.
Depois de tudo combinado, despediram-se todos.
José e a pessoa seguiram para o apartamentinho de José, mas estavam apreensivos e quando lá chegou à pessoa disse:
_ Ela o ama tanto que é capaz de aceitar fingir ser sua namorada. Eu acho que não seria capaz de fazer isso e você?
_ Ela só é minha amiga. E ela é uma pessoa boa que entendeu que eu te amo! E abraçou a pessoa, que agora chorava muito.
Assim permaneceram por algumas horas: apenas abraçados! Misturando suas lágrimas e suas angustias que pareciam não ter fim.
Ana Clara chegou em casa e pediu para falar com a mãe, então contou a ela finalmente toda a história e ficou a esperar a resposta da mãe, pois que Claudia interrompeu a conversa porque estava com problemas com o vestido de noiva.
Dona Julia mentalmente pedia socorro a Deus para aquela situação imensamente dolorosa que se apresentava na vida de sua filha e agradecia o tempo para pensar.
_ Conversamos depois! Disse dona Júlia antes de sair.
Continua...