Historieta – Só amando (Capitulo VI)...
Assim que Ana Clara acordou lembrou-se vagamente do sonho e contou-o a mãe, que sorrindo dizendo:
_ Eu também sonhei com seu pai. Ele deve ter vindo nos visitar! Disse ela sorrindo.
Dona Júlia também havia recebido esclarecimentos sobre as atitudes a tomar com relação a sua filha Cláudia. E naquela tarde chamou Jobson para uma conversa.
E foi direta:
_ Meu filho acaso pretendes casar com minha filha?
_ Sim, senhora! Disse o jovem pego meio de surpresa.
_ Então acho bom, falares com teu pai para que ele venha ter comigo, a fim de tratarmos do casamento, pois gostaria muito de ser vovó, mas não antes de ter um genro. Com essa fala dona Julia deixou claro que não era boba, mas que exigia responsabilidade para aquilo que faziam.
Jobson falou com o pai e este veio ter com dona Julia e depois de uma longa conversa, na qual o pai de Jobson o senhor Pedro apreciou muito a lucidez e a clareza de dona Julia diante de alguns acontecimentos.
Depois daquela conversa Jobson que nunca havia trabalhado começava a trabalhar nas empresas do pai, e como o pai passou a fazer questão da presença do filho em tudo, e ele mesmo quis ensiná-lo, rapidamente Jobson que parecia um ser sem propósito desabrochou para os negócios, isso foi um verdadeiro orgulho para os pais e um motivo de tranqüilidade para dona Julia.
Os dias se passaram sem que Ana visse José, que ainda se encontrava internado até que um fato lhe chegou aos ouvidos.
Todos os dias ela visitava o hospital e ficava sabendo de seu estado, mas não se atrevia a ir até ele, não desejava constrange-lo.
Seu interesse era por todos notados e um enfermeiro informava a José de sua ilustre visitante que nunca entrava em seu quarto, mas que jamais faltava de ali comparecer diariamente.
A noticia que lhe chegava aos ouvidos era a de que José seria despedido por justa causa, não tardou então para ir ter com o seu chefe.
Pediu a secretária que informasse ao chefe que deseja ter com ele uma conversa, se ele poderia atendê-la naquele momento e mostrando-se um pouco nervosa, assim que a permissão foi dada ela foi conduzida a sala do chefe.
_ Bom dia, senhor!
_ O que a traz aqui Ana Clara?
_ Senhor soube que José será despedido por justa causa, isso é verdade?
_ Sim! Recebi ordens vindo de cima para realizar a demissão.
_ Mas por quê?
_ Alguém fez uma denuncia contra a moral dele e como ele não é casado, não tem namorada parece que terei que acatar. Se pelo menos ele tivesse alguém. Diz o chefe como a sondar a reação de Ana Clara.
_ Quer dizer que se ele apresentar uma namorada, ele não será despedido?
_ Sim! Mas o tempo está passando, pois ele vai receber alta hoje, amanhã já vai estar aqui e então terei de demiti-lo. Entendeu Ana?
_ Sim! O senhor poderia me liberar agora, por favor?
_ Mas por que razão?
_ Eu preciso fazer uma coisa, por favor, é muito importante e pode salvar alguém.
_ Então eu te espero amanhã! E desejo que você consiga salvar alguém.
Ficou claro que ele suspeitava que ela fizesse algo em prol de José, mas que ele a apoiaria.
Então ela saiu feliz em direção ao hospital, no caminho pensava no que dizer e pedia a Deus luz.
Continua...